Uma pesquisa realizada pela Ceasa Serra aponta uma alta de 29,9% no valor de venda da unidade da alface — tanto a lisa como a crespa — na central de abastecimento. O levantamento foi realizado entre os dias 30 de abril e 7 de maio, considerado um dos períodos mais críticos do impacto da chuva no Rio Grande do Sul, e que também teve resultados em Caxias do Sul, onde fica a Ceasa Serra.
Além da alface, outros quatro produtos vendidos na Ceasa Serra tiveram aumentos expressivos no período. A batata branca teve um incremento de 28,6% no preço do quilo, o pepino salada subiu 25,9% no valor do quilo, o cheiro verde em maço subiu 24,6% e outros tipos de batatas, fora a branca, aumentaram 23,3%. Essas alterações, segundo o gerente operacional da Ceasa Serra, Alceu Thomé, se devem principalmente ao impacto da chuva. Outros 10 produtos pesquisados tiveram redução no preço, como a couve chinesa, que caiu 12,4% a unidade, e o mamão formosa, que reduziu 8,3% o preço do quilo.
Na última terça-feira (7), Thomé havia afirmado que a quinta (9) seria um dia importante para analisar os impactos da chuva. Conforme ele, neste dia, cerca de 70% dos 230 produtos rurais cadastrados na central estiveram presentes para vender os seus produtos. Ele considerou o movimento de compra e venda como positivo, mas fez ponderações:
— Caiu bastante a qualidade dos produtos, também há menor quantidade. O pessoal até reclamou um pouco, mas é em função do tempo, da chuva — explica Thomé.
Ele ainda complementa que não há produtos em falta na Ceasa, mas que as folhosas foram as mais afetadas, e descarta um risco de desabastecimento da central. Segundo ele, podem faltar alguns itens de forma temporária, mas que devem ser repostos rapidamente com compras feitas em outros estados, como Santa Catarina, Paraná e São Paulo:
— Agricultores perderam boa parte da produção, mas estão levando.