Aumentou para seis o número de municípios que decretaram situação de emergência por causa da estiagem na Serra. André da Rocha e Protásio Alves passaram a integrar a lista de cidades em situação crítica devido à chuva insuficiente para as plantações. Os dois municípios, juntos, têm prejuízos estimados em R$ 146 milhões no campo.
A safra mais afetada é a do milho. Em André da Rocha, a projeção é de perda de praticamente toda a produção destinada à silagem. De acordo com a Emater e Defesa Civil do município, a quebra será de 95%. Já o grão deve ter 70% de redução. Soja, feijão e a produção de leite também devem sentir os efeitos da estiagem. A perspectiva de perda é de cerca de, respectivamente, 50%, 74% e 35%. Prejuízo total de R$ 133 milhões.
Protásio Alves também tem impactos no campo. Metade da produção de milho e de maçã devem ser perdidas por causa da falta de chuva, segundo a Defesa Civil e Emater do município. A estimativa é de quebra de 54% e 50%, respectivamente. As safras de soja e de uva também devem ser impactadas. O prejuízo deve ultrapassar os R$ 13 milhões.
A baixa precipitação também afeta o abastecimento de água. André da Rocha já determinou racionamento na área urbana. Durante a madrugada, moradores têm o fornecimento interrompido por oito horas. Os reflexos também chegaram ao interior. Pelo menos quatro famílias recebem água de caminhão-pipa diariamente.