A fim de pressionar o governo por aumento de salários, os auditores da Receita Federal adotaram o que eles chamam de "operação-padrão" na liberação de produtos nas alfândegas. Essa conduta foi iniciada em 24 de dezembro do ano passado. Nela, os auditores fazem uma fiscalização mais rigorosa de documentos e mercadorias o que eleva o tempo de liberação de cargas em operações de importação e exportação.
Em retaliação a esse movimento dos servidores federais, o presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), Celestino Oscar Loro, enviou, nesta qinta-feira (27), correspondência à Superintendência Regional no Rio Grande do Sul e à Delegacia Regional da Receita Federal. A carta da CIC, endossada por 24 presidentes de sindicatos patronais de Caxias e região, manifesta a preocupação de importadores e exportadores locais quanto aos reflexos da operação-padrão dos auditores fiscais.
— O movimento está impactando as empresas pelo fato de as mercadorias ficarem um tempo maior do que o normal nos portos, aeroportos, fronteiras e portos secos, acarretando custos de armazenagem — alerta o dirigente.
O presidente da CIC Caxias também argumentou que os atrasos na entrega de produtos incorrem em multas e perdas de clientes, principalmente no mercado externo, que é extremamente competitivo e em que os prazos têm que ser cumpridos à risca.
— Precisamos que esta situação seja resolvida o mais breve possível para que o comércio internacional volte à normalidade — argumenta Loro.