Desde janeiro as empresas caxienses têm registrado aumento de contratações. No mercado formal, o saldo até julho é de 6.838 novas vagas, com estoque de 154.879 trabalhadores, revela o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na manhã desta quinta-feira (26). Depois de uma aceleração intensa nas contratações, sobretudo no primeiro bimestre do ano, em julho a estatística aponta uma nova alta das admissões. O saldo em julho é de 997 empregados, contra 581, em junho. Um aumento de 71,6%. É o terceiro melhor mês no ano em geração de empregos, atrás apenas de janeiro e fevereiro, que passaram das mil contratações
Entre os setores produtivos de Caxias do Sul, a indústria continua despontando como maior empregador, com 614 novas contratações em julho. Em seguida, serviços reaparece, reagindo no quesito emprego com 342 vagas.
— De uma forma geral, o destaque é a indústria e serviços. Por motivos diferentes. A indústria tem demonstrado uma consolidação maior a mais tempo. Está contratando à medida em que as empresas conseguem vislumbrar a extensão das suas carteiras de pedidos. Serviços está contratando mais, porque aos poucos, com as flexibilizações e mais pessoas vacinadas, o setor volta a funcionar. Como ainda não está normalizado, como antes da pandemia, a tendência é continuar a crescer — avalia a economista e professora Maria Carolina Gullo.
Por sua vez, os setores da construção civil e comércio têm um equilíbrio maior entre as admissões e demissões, por isso, o saldo é de 38 e 26, respectivamente. A agropecuária, como historicamente ocorre nesta época, registra saldo negativo de 23, porque segue com maior número de demissões, em função da sazonalidade de safras mais expressivas.
Outro dado importante a ser considerado nesse recorte de julho é o comportamento do mercado na maior contratação entre os jovens de 17 a 24 anos. Na outra ponta, o saldo é negativo, sobretudo, a partir dos 50 anos. Por exemplo, na faixa até os 17 anos, foram empregados no mercado formal 642 jovens, em julho. Ao passo que, entre 50 e 64 anos, o saldo é de -107 e, dos 65 anos ou mais, é de -32, no mesmo período.
—Dois motivos justificam essas contratações. Primeiro, os incentivos do governo federal no programa Jovem Aprendiz, que pega bem essa idade. E segundo, em função do salário. Os mais jovens topam, muitas vezes, receber salários menores, principalmente para registrar experiência na carteira de trabalho — explica Maria Carolina.