Andrei Salvador Cargnino, 23 anos, comanda a Fruteira Ecológica juntamente com a mãe Arnete, 55. O primeiro ponto surgiu há 18 anos, no bairro São Pelegrino. Hoje, conta com duas lojas e um público fiel. A estimativa é de crescer 5% este ano. Em 2019, expandiu 15%.
Além do conhecimento sobre como produzir orgânicos, um dos desafios é a popularização dos produtos. O preço, em média 30% mais caro do que os produtos convencionais (com veneno), está entre os entraves. Em alguns estabelecimentos, a diferença pode chegar a 50%.
Pesquisa Organis revela que 43% dos entrevistados pelo conselho apontaram o valor pago como o principal motivo para não comprar os produtos.
– Poucos entendem que se produz menos e com mais mão de obra – justifica Andrei.
E acrescenta:
– É uma barreira que precisamos derrubar. Estamos desenvolvendo ações para desmistificar o produto.
Para Arnete, a fidelidade dos clientes é conquistada pela qualidade e confiança.
– Tem que fazer certo. E eles (clientes) sabem que fazemos.
Além disso, é preciso provar que está produzindo corretamente. O Certificado Conformidade Orgânica, por exemplo, é obrigatório para fornecer os alimentos.