De alguns anos para cá, o pão artesanal vem ganhando espaço e atraindo consumidores que buscam um produto com maior qualidade. De olho nesse novo mercado, Charlie Tecchio Colonetti resolveu apostar e criou, em 2013, a Charlie Bakery, que se dedica à produção de pães de fermentação natural.
— Sempre gostei muito de pão. Quando comecei, queria fazer pão, mas ser padeiro não era tão valorizado. Não tinha ainda essa coisa do pão artesanal. Estou bem feliz — diz.
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Charlie trabalha com a esposa, Elisa Costa, e um ajudante, Rafael Figueiró. Eles produzem, por mês, 500 quilos de pão. O mais vendido é o Sourdough, um pão de longa fermentação com 10% de farinha integral e gérmen de trigo. É um produto sem conservantes e com maior durabilidade. Por ser artesanal, o custo é mais elevado: este, no caso, custa R$ 25,50 o quilo e é vendido para toda a região — Charlie tem clientes em Caxias, Flores da Cunha e Gramado.
— Há 15 anos, se tinha pouco conhecimento, pouca variedade de pães. Se despertou um interesse para várias técnicas artesanais. Os moinhos começaram a ter produtos melhores. As farinhas são melhores. As pessoas estão dispostas a pagar mais por um pão de qualidade — aponta o diretor da Escola de Gastronomia da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Mauro Cingolani, onde Charlie dá aulas nos cursos de panificação.