Produtores rurais de uva e amora de Campestre da Serra tiveram prejuízos com o granizo de domingo (13). Conforme o secretário de Agricultura do município, Tairo Balardin, foram atingidos principalmente parreirais na comunidade de São Manoel, além das localidades de Tronco e Guacho.
Foram atingidas as parreiras de 20 a 25 propriedades nesta região, segundo Balardin, que estima uma perda entre 20% e 30% nas lavouras de uva em uma área total de cerca de 30 a até 40 hectares. A uva está em fase de floração.
— Não foi só o granizo que provocou danos, mas também o vento forte. Além de o temporal destruir as folhas, também derruba os cachos no chão, e o galho frutífero quebrado não brota mais — descreve.
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O secretário afirma que a maioria dos produtores tem o seguro para as perdas, e ressalta a importância do tratamento após o temporal.
— Estive nesta segunda-feira conversando com os produtores e orientando para que façam tratamentos culturais para que as plantas cicatrizem esse dano e não tenham um prejuízo maior.
Já no caso das amoreiras, também plantadas nessa área junto com outros cultivos, houve danos porque já há frutos pequenos nas plantas. No entanto, o secretário afirma que não é possível ainda estimar o percentual de perda nas lavouras. De qualquer forma, é uma parte pequena frente à produção total de Campestre da Serra, e bem menor do que o granizo de outubro de 2018, que atingiu uma área grande de fruticultura do município.
Campestre da Serra tem 63 hectares plantados com amoreiras dos 230 hectares do Rio Grande do Sul, conforme dados do Censo Agropecuário de 2017 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mesmo levantamento aponta que o município tem 912 hectares plantados de uva. A uva bordô corresponde a 90% da produção de uvas do município, conforme Balardin.