A recente mobilização de entidades que representam caminhoneiros em nível nacional contra os aumentos frequentes do óleo diesel, provocou alerta pela possibilidade de uma nova paralisação da categoria. Na quarta-feira, associações e confederações manifestaram preocupação quanto à oscilação dos preços e reivindicaram a manutenção dos valores com maior durabilidade de tempo. A alegação é que as frequentes alterações dificultam a estipulação de cobranças de fretes.
Ao solicitarem medidas urgentes, as entidades sugeriram nova possibilidade de greve nacional caso providências não sejam tomadas.
Em nível de região, o presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Caxias do Sul, Selezio Panisson, afirma não ter recebido orientações sobre possíveis mobilizações. Ele também afirmou que não concorda com a sinalização de paralisação.
— Não concordo neste momento. Acho sem fundamento. Greve agora é só para bagunçar tudo. Não adianta meia dúzia de caminhoneiros decidirem isso — afirmou.
Para Panisson, o momento seria inoportuno para uma greve e, na opinião dele, a categoria deveria ter mais compreensão com o governo federal.
— Eu acho que agora não é momento, governo chegou há pouco tempo. Teria que esperar pelo menos seis meses, um ano — defendeu.
Em reunião com lideranças da categoria na última quarta-feira, representantes do governo federal alegaram que estão tentando articular soluções com o setor e buscando revisar a tabela de frete.
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