Em reunião com o secretário do Trabalho Bruno Dalcolmo nesta quarta-feira (3), em Brasília, dirigentes da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) expuseram as dificuldades das empresas caxienses para contratar pessoas com deficiência (PCDs), em cumprimento à lei de cotas para PCDs. De acordo com a legislação, as companhias com mais de 100 empregados precisam ter de 2% a 5% do quadro composto por PCDs. O percentual varia conforme o número total de funcionários.
Segundo o presidente da CIC, Ivanir Gasparin, há casos de empresas em Caxias do Sul que foram autuadas por não cumprirem a legislação. Em documento entregue a Dalcolmo, a CIC alega que as companhias caxienses não conseguem preencher as vagas para PCDs por conta “da falta de qualificação (da mão de obra) e complexidade de algumas tarefas”, já que a cidade se caracteriza por ser um polo metalmecânico com atividades que oferecem periculosidade.
- As empresas têm grandes dificuldades em contratar PCDs e não é por má vontade. Sugerimos que alguma entidade, como CIEE ou Apae, seja credenciada na região para fazer essa intermediação com a mão de obra - aponta Gasparin.
Na audiência, que também contou com a participação do vice-presidente de Indústria da CIC, Mauro Bellini, ainda foi relatado a Dalcolmo a dificuldade do setor industrial para entender os procedimentos previstos na norma NR-12, que tem como objetivo garantir que máquinas e equipamentos sejam seguros para o uso do trabalhador.