A fiscalização do Ministério do Trabalho (MT) interditou as atividades da empresa Tomé, Indústria de Auto Peças, na quarta-feira. Na fiscalização, a fábrica antiga da metalúrgica e cinco fornos foram fechados. Na manhã desta quinta-feira, o diretor da empresa, Humberto Tomé, disse que a fábrica continuava operando no forno maior com todos os 170 funcionários. As informações são da Gaúcha Serra.
Isso porque a capacidade da Tomé, de produzir 60 mil peças por mês, está sendo utilizada pela metade. O proprietário da metalúrgica disse que os apontamentos do Ministério do Trabalho são pequenas modificações e que os técnicos estão trabalhando em cima disso. Ele acredita que a partir de segunda-feira vai conseguir levantar a interdição.
O MT disse que o problema na Tomé não é de hoje, que existem irregularidade desde a década de 90 que não foram corrigidas. A inspeção, que iniciou no mês de janeiro, verificou a inexistência e inadequação de equipamentos de proteção coletiva em todos os setores inspecionados, além de falta de equipamentos de proteção individuais.
O órgão fiscalizador também citou os acidentes de trabalho, que ultrapassariam a marca de 160 nos últimos cinco anos. Dado que é negado pelo representante da empresa. O Ministério do Trabalho reforça que a interdição é dos principais setores da unidade produtiva, moldagens e fornos. O gerente do MT, Vanius Corte, afirma que a interdição vai perdurar até que a empresa adote as medidas necessárias para se adequar às previsões legais ou caso ela busque a via judicial.
A empresa deverá arcar com o pagamento integral dos salários e demais direitos neste período. O ministério destacou também que a fiscalização vai prosseguir e serão verificados a regularidade do pagamento dos salários e dos demais direitos trabalhistas.