Vedetes neste verão, as piscinas de plástico com borda inflável quase não são mais encontradas no mercado em Caxias do Sul. A procura foi tão grande nesta estação, com temperaturas ultrapassando os 30º na Serra, que o produto está em falta em algumas lojas. Com capacidade que pode passar os 15 mil litros de água, elas não são novidade, estão no mercado há cerca de cinco anos.
De seis lojas contatadas pelo Pioneiro nesta quarta-feira, o artigo estava em falta em quatro. Muitos dos estoques acabaram ainda antes do Natal.
- Não temos mais nada desde o Natal. A venda foi muita e a fábrica deu pouca reposição. O que chega sai rápido. Tem muita gente pedindo - contou o gerente da Manlec, Cristiano Bagatini.
A procura grande pelo produto não ocorre só em Caxias. Nas lojas do BIG, a venda do artigo cresceu 20% em relação a 2013, no mesmo período. Conforme a assessoria de imprensa da rede, somente nos dois últimos dias do ano passado foram comercializadas 800 unidades nos três estados do Sul. Nos últimos 10 dias de 2013, foram 11 mil unidades vendidas, 5.800 no Rio Grande do Sul. Na loja de Caxias, há produtos de 1,9 mil litros e de 3,4 mil litros. Artigos de 15 mil litros, que até a semana passada podiam ser encontrados, não estão mais disponíveis. Nas lojas Colombo, nos primeiros 20 dias deste mês a venda de piscinas infláveis aumentou 56% na rede, em comparação com janeiro inteiro de 2013, conforme o diretor superintendente, Rodrigo Piazer. A expectativa é de que, até o fim do mês, o crescimento seja de 100%. No estoque, há modelos que variam de 2,4 mil a 10 mil litros.
Não é só nas lojas físicas que o produto acabou. No site do Ponto Frio, havia modelos que constavam na quarta-feira como temporariamente indisponíveis.
Os atrativos do artigo são grandes. Não é preciso executar obra para tê-las no pátio de casa. Basta instalá-la em terreno plano. Os modelos maiores e incrementados possuem até filtro e escada.
No final do ano passado, Lucas Lima, 11, ganhou de presente da tia-avó uma piscina de cerca de três mil litros. No pátio da casa, no bairro Santa Catarina, ele e o primo, Christian Lima, 12, se divertem sob a vigilância da avó, Marlene Santos Lima, 54.
- Se deixar, eles vão para a água às 8h e passam o dia lá dentro - entrega Marlene, que se preocupa com os horários de sol forte.
Christian já esteve na praia neste verão. Porém, como as férias dos pais terminaram, o que lhe resta é o modelo.
- Como aqui não tem lugar para ir, é bom ir na piscina enquanto fizer calor - diz Christian.
