O ano de 2013 trará desafios ao setor automotivo, que este ano foi beneficiado pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedida em junho e prorrogada duas vezes pelo governo, a última delas até 31 de dezembro. Os fabricantes e revendedores de veículos não contarão mais com a desoneração, já que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a prorrogação mais recente deverá ser a última.
Apesar da perspectiva menos favorável do que a atual, a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) prevê que a comercialização de veículos continuará crescendo. A Anfavea prevê encerramento de 2012 com expansão nas vendas de 4% a 5% no acumulado do ano ante o mesmo período de 2011.
Além disso, projeta a venda de mais 669,3 mil veículos até dezembro, totalizando 3,8 milhões no ano. Atualmente, o estoque de veículos está em 316 mil unidades, número considerado razoável para abastecimento regular do mercado. Para 2013, entretanto, apesar da estimativa de crescimento, ainda não há previsão quantificada.
Uma maneira de o setor automobilístico obter incentivos no ano que vem será o novo regime automotivo, lançado no início de outubro pelo governo e que entra em vigor a partir de janeiro de 2013. Para se habilitarem, as empresas terão que se comprometer com uma série de metas, dentre elas a redução de 12,08% no consumo de gasolina e etanol até 2017.
Ao se habilitarem ao programa, as empresas conseguirão crédito presumido do IPI de até 30 pontos percentuais. Na verdade, as empresas que assumirem as metas vão escapar do aumento de IPI de 30 pontos percentuais, definido pelo governo no ano passado para as indústrias que não apresentarem índices mínimos de conteúdo local na produção.