No Brasil, 87% dos CEOs apontam a falta de qualificação dos profissionais como gargalo para o sucesso das empresas

O Brasil, que nos próximos anos deve ganhar ainda mais peso na economia mundial juntamente com Rússia, Índia e China, encontra uma barreira para crescer quando o assunto é qualificação profissional. Dos 84 presidentes de empresas localizadas no Brasil que participaram do Global CEO Study 2012, 87% apontaram a falta de profissionais qualificados como o maior desafio para o crescimento.

A necessidade de mão de obra qualificada é uma demanda de diferentes segmentos, já que o país tem crescido em ritmo acelerado. Para Roberto Ciccone, líder do segmento de seguros da IBM, a formação de profissionais não está acompanhado esse movimento.

- O que falta é educação básica, como temos visto algumas pesquisas recentes, e ainda mais do que isso. Falta algo que não se aprende na escola, que é saber liderar, apresentar um conceito, mostrar uma ideia, além da necessidade natural de técnicos, engenheiros, entre outros profissionais - explica.

Quem acompanha a movimentação do mercado de trabalho sabe que é preciso qualificação para conquistar as melhores vagas. O setor de tecnologia da informação, que foi apontado como uma das principais áreas onde as empresas irão apostar nos próximos anos, carece de mão de obra treinada. Para suprir essas demandas, escolas especializadas oferecem cursos com diferentes opções de formação.

Somente a Flexxo Centro de Capacitação em TI, de Caxias do Sul, formou 2 mil alunos em diferentes segmentos no ano passado. Até junho deste ano, já foram 1,3 mil pessoas. Para Jair Porfirio, diretor de operações da Flexxo, esse mercado está em constante crescimento.

- Engenharia e Tecnologia da Informação são a base para o crescimento de um país - sintetiza.

A pesquisa bienal, realizada pela divisão de consultoria da IBM, conversou com 1.709 presidentes de 18 segmentos de mercado em 64 países, incluindo o Brasil. Os CEOs (chief executive officer) responderam perguntas a partir do ponto de partida do estudo: como liderar dentro de uma economia conectada?. As respostas dos executivos são projetadas sobre o que deve acontecer nos próximos três a cinco anos. Os números foram divulgados no IBM Fórum 2012, realizado nos dias 15 e 16 de agosto, em São Paulo.

Tendências

- 73% dos líderes apontaram a tecnologia da informação como fator-chave de investimentos das empresas nos próximos anos.

- Empresas de alto desempenho têm 108% mais acesso a dados, com maior possibilidade de convertê-los em insights, e 84% de convertê-los em ações.

- Das empresas de alto rendimento, 94% enfocam em parcerias para trabalhar com produtos e serviços.

- A utilização de websites como centrais de relacionamento deve subir pouco, o uso de call center deve cair e as redes sociais terão grande aumento.

- Dos 14% atuais, elas devem chegar aos 60% entre três e cinco anos.

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