A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) irá debater a distribuição de sacolinhas plásticas em um fórum no dia 11 de abril, em Porto Alegre, com participação de ambientalistas, representantes de consumidores e do governo. O tema divide opiniões. Uma pesquisa da Agas encomendada ao Instituto Segmento em julho do ano passado apontou que 81,1% dos consumidores se posicionam contra a proibição do uso das sacolas plásticas no Estado. Conforme a Agas, os supermercados gaúchos gastam R$ 190 milhões para a compra de 1,5 bilhão de sacos plásticos por ano.
Você é a favor ou contra o fim da distribuição de sacolinhas plásticas em supermercados? Por quê?
No RS, a Agas desaprova o fim da distribuição das sacolas, ao menos por enquanto, ancorada na pesquisa realizada no ano passado.
- Ainda não existe uma solução ecológica e economicamente mais viável - aponta o presidente da Agas, Antônio Longo.
Opinião semelhante tem o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Caxias do Sul (Sindigêneros), Jorge Salvador:
- A eliminação total signficaria a substituição por outra coisa e hoje não temos um produto que não seja poluidor. Além disso, as sacolinhas podem ser recicladas - defende.
Já na visão do biólogo e fundador do Instituto Orbis, entidade que luta pela causa ambiental em Caxias, Otávio Valente Ruivo, as embalagens plásticas deveriam ser proibidas.
- Essas sacolinhas geram um passivo que leva muito tempo para se degradar no meio ambiente. Na natureza, não há bactérias capazes de deteriorar o plástico. Ele tem de passar por uma processo de transformação para poder se degradar. Isso depende das condições do lugar, mas, em média, leva 500 anos - defende Ruivo.
Em Caxias, alguns estabelecimentos como a Fruteira Ecológica, no bairro São Pelegrino, não oferecem sacolas plásticas aos clientes. Uma caixa de papelão é a opção para levar as compras.
Confira uma reportagem sobre o assunto no Pioneiro deste final de semana.
