A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu adiar de 7 de abril para 22 de abril o início das retaliações contra produtos dos Estados Unidos. O prazo ainda poderá ser prorrogado por mais 60 dias, caso o governo norte-americano cumpra as medidas negociadas com o Brasil.
Segundo o diretor econômico do Itamaraty, Carlos Marcio Cozendey, os negociadores norte-americanos se comprometeram a reconhecer, até o dia 16 de abril, o Estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa sem vacinação.
O governo dos Estados Unidos também prometeu suspender as garantias de crédito à exportação para produtos agrícolas e voltar a oferecê-las em condições mais próximas às de mercado.
Segundo o diretor, as garantias hoje são subsidiadas e a Organização Mundial de Comércio (OMC) já decretou que esses subsídios são proibidos. Cozendey disse que, entre os produtos, está o algodão, mas ele não soube informar os demais itens.
A terceira medida prometida pelos Estados Unidos para garantir a prorrogação do início das retaliações por mais 60 dias além do dia 22 de abril é a criação de um fundo para financiar projetos do setor de algodão brasileiro, como medida de compensação à concessão de subsídios ao produtores norte-americanos durante anos.
O fundo receberia US$ 147,3 milhões por ano em recursos norte-americanos para ajudar no aumento da produção brasileira e no combate a pragas. O valor foi calculado pelos árbitros da OMC como equivalente aos prejuízos sofridos pelo Brasil.
Economia
Governo adia para 22 de abril início da retaliação contra os Estados Unidos
Medidas negociadas incluem reconhecimento de SC como Estado livre de aftosa sem vacinação
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: