
Em abril de 2024, dias antes da maior tragédia climática assolar o Rio Grande do Sul, uma comitiva liderada pela Fundação Marcopolo realizava uma visita pela cidade colombiana de Medellín. O foco do encontro era conhecer os projetos socioculturais e esportivos que arrancaram Medellín da triste estatística de uma das cidades mais violentas do mundo para se tornar referência mundial, no ranking das top 100 smart cities.
Menos de um ano depois dessa experiência imersiva, a Fundação Marcopolo está prestes a inaugurar a primeira fase da obra que vai resultar na primeira Biblioteca Parque de Caxias do Sul. O prédio fica na Rua Pinheiro Machado, 410, onde antes funcionava o Colégio Objetivo. Uma área de 6 mil metros quadrados, sendo 3,6 mil de área construída.
O evento abre alas desse espaço — mesmo ainda em obras — ocorre a partir da próxima segunda-feira (31), com a realização de uma série de palestras e encontros com o selo O Futuro que Queremos.
Entre os destaques da programação está palestra Cidade Educadora, com o cientista político Jean-Edouard Tromme e o pesquisador social e gestor de políticas urbanas e sociais Santiago Uribe Rocha, referências mundiais em resiliência urbana e inovação social, que lideraram a transformação de Medellín.
Conforme Luciano Balen, gerente da Fundação Marcopolo, e Daiane Dos Santos Luza, especialista de Responsabilidade Social da entidade, a escolha do prédio para abrigar a primeira Biblioteca Parque de Caxias foi estratégico.
— Estamos em uma área central, no bairro de Lourdes, mas próximo de áreas de vulnerabilidade social como os bairros Jardelino Ramos, São Vicente, Antena e 1º de Maio e também em uma zona próxima de bairros populosos como o Cruzeiro e o Bela Vista. Então, queremos trazer essa comunidade para cá para que eles se sintam pertencentes a esse espaço — explica Daiane.
A escolha é estratégica, porque, conforme salienta Balen:
— Queremos fazer como em Medellín, onde os melhores equipamentos são para quem mais precisa.
Afinal, o que compreende essa Biblioteca Parque? Além de biblioteca, com espaço para estudos e pesquisa, o espaço terá salas de aula para as mais diversas linguagens e expressões (dança, música, artes visuais, cinema e moda, por exemplo) além de estúdio de gravações, área externa para convivência e um ginásio esportivo coberto para diferentes modalidades.
Além dos projetos desenvolvidos pela Fundação Marcopolo, com filhos de colaboradores da empresa, mais alunos da rede pública municipal, Balen e Daiane enfatizam que a Biblioteca Parque é aberta para a comunidade.
— É um espaço para trabalharmos a conexão e a reconexão dos jovens, com sua família e de pessoas de mais idade. A proposta da biblioteca é gerar essas oportunidades por meio das atividades que a gente já realiza para que eles possam sair do mundo fechado deles, sensibilizando para o que eles podem vir a ser, para que pensem no futuro deles — explica Daiane.
As obras no prédio se iniciaram em 15 de janeiro deste ano e a primeira fase será finalizada ainda no primeiro semestre, para que ocorram as aulas do projeto Escola Marcopolo de Criatividade, entre outras atividades. O evento a ser realizado entre os dias 31 de março e 2 de abril, na Biblioteca Parque, visa mobilizar os mais diversos setores da sociedade para pensar O Futuro que Queremos.
O Futuro que Queremos
O programa O Futuro Que Queremos tem apoio da Marcopolo Next e da UniMarcopolo na criação e estruturação da iniciativa cujo objetivo é desenvolver programas replicáveis de futuros desejados de forma coletiva, em colaboração com jovens, empresas, instituições de ensino e governo.
Programe-se
- O quê: O Futuro que Queremos
- Quando: de 31 de março a 2 de abril.
- Onde: Biblioteca Parque - Fundação Marcopolo (Rua Pinheiro Machado, 410)
- Quanto: entrada franca, mediante inscrição prévia neste link.
Agende-se
31 de março, às 17h30min
- Palestra "Cidade Educadora", com o cientista político Jean-Edouard Tromme e o pesquisador social e gestor de políticas urbanas e sociais Santiago Uribe Rocha.
1º de abril
- Encontros com representantes de governos, da educação, empresários e empreendedores, além de jovens caxienses para pensar na "imaginação do futuro".
2 de abril
- Terceira etapa, chamada de diagnóstico, vai focar a discussão dos próximos passos, resultados e compromissos necessários para avançar, além da definição de pactos e ações imediatas, garantindo a implementação eficaz das iniciativas planejadas.