Um ano após inaugurar Vila da Mônica, em Gramado, o criador da turma que encanta crianças há gerações voltou à Serra para o aniversário do parque temático nesta sexta-feira (13). O autor Maurício de Sousa tirou fotos com algumas famílias convidadas, cantou parabéns e descerrou a placa de certificação LEED Platinum, concedida pela organização não governamental United States Green Building Council a edificações que alcançaram os mais altos níveis de sustentabilidade. A Vila da Mônica é o primeiro parque da América Latina a obter a certificação e, com isso, passa a estar entre os 500 edifícios mais sustentáveis do mundo.
Antes, o pai da Mônica, Magali, Cebolinha, Cascão e tantos outros personagens, conversou com a imprensa. Falou da satisfação em ver o sucesso do empreendimento na Região das Hortênsias e da alegria em ver o encantamento das crianças. Às vésperas do Dia dos Professores, comemorado neste domingo, 15 de outubro, citou também o orgulho em saber que as histórias criadas por eles ajudaram e ainda ajudam na alfabetização.
Confira a entrevista:
Como é voltar depois de um ano e ver o sucesso desse empreendimento, o sucesso e a força da marca Turma da Mônica no Brasil?
"Eu estou muito feliz, logicamente, vendo o progresso, vendo que o que plantamos aqui está dando flores, está dando resultados, está dando alegria, está alegrando criançada. O que nós fizemos, plantamos há algum tempo, há um ano, está em ascensão."
Como é ver o seu trabalho, que começou há décadas, ainda encantando crianças?
"Eu fiz um plano de vida e está dando certo. Está dando trabalho também. Está dando, logicamente, responsabilidade. Nós temos uma equipe linda, maravilhosa, que me ajuda muito. Quem trabalha comigo também gosta de trabalhar comigo. Ninguém melhor do que eu para estar vendo as sequências e consequências. Estar aqui com a minha família, participando de uma coisa que ajudei a plantar, estou plantando mais ainda e que quero continuar, continuar, continuar. Estou nos meus 80 e pouco anos (ele completa 88 no dia 27 deste mês) e estou muito feliz porque estou com vontade cada vez maior de estar sentindo o que eu senti hoje em nossa área de diversão.
É uma alegria ver as crianças, ver as famílias. Estou muito feliz com os resultados que estou vendo, principalmente com as crianças. Crianças que conhecem os personagens, já me reconhecem, que esperam, logicamente, que eu continue trabalhando, de alguma maneira, passando uma fantasia positiva para eles nas histórias, nos roteiros, na familiaridade. Uma das coisas mais importantes também que eu vejo hoje, no meu trabalho, é a possibilidade que o trabalho alfabetize crianças, que elas aprendam a ler na letrinha dos quadrinhos. Acho que posso sentir, de alguma maneira me regozijar e ficar feliz com a alfabetização que nós estamos provocando no país."
Esse legado que o senhor deixa para muitos adultos que viram crianças quando visitam o parque, quando lembram a história. Essa história se confirma quando os adultos vem aqui e trazem os filhos?
"Esse é um dos momentos mágicos pra mim mesmo, porque alguns adultos mencionam que leem para os filhos, para os netos. Com isso nós lançamos mensagens. Na medida do possível, nas historinhas, nas tirinhas, nos balões dos quadrinhos, nós estamos ensinando alguma coisa, estamos montando alguma coisa no futuro das crianças. E, com tudo isso, nós estamos com muita energia e vontade de criar mais e mais e mais."