Seis dias após a eliminação do Big Brother Brasil 23, o empresário e professor Cristian Vanelli, 32, chegou a Caxias do Sul no final da tarde desta segunda-feira para curtir alguns dias com a família, antes de retornar ao Rio de Janeiro para compromissos como ex-BBB. Antes mesmo de cruzar o portão de desembarque do Aeroporto Hugo Cantergiani, alguns fãs aproveitaram para tirar fotos e para manifestar carinho com o participante, que foi o quinto eliminado na atual edição do programa. Simpático e sorridente, Cristian posou para fotos e agradeceu pela torcida, além de responder perguntas sobre sua torcida daqui para frente no reality show.
Acompanhado pela tia, Rosane Vanelli, Cristian conversou com a reportagem em uma sala reservada no aeroporto. Falou sobre as impressões a respeito de sua participação e de sua saída do reality show, afirmou estar aberto a novas oportunidades que surgirem - mas sem querer abandonar o que já construiu profissionalmente - e revelou para quem está torcendo a partir de agora. Confira:
Qual a maior diferença do Cristian que entrou no BBB 23 para o que saiu do reality?
Acho que os princípios que a gente tem ficam com a gente. Lá dentro a gente trabalha muito razão x emoção, porque tu vai estar mostrando quem tu é. Primeiro são 10 dias de confinamento sem conversar com ninguém, daí tu entra numa casa onde não conhece ninguém e está todo mundo querendo jogar. Tu tem de pensar muito, resgatar os teus valores, e ir.
Saio com muito aprendizado. O carinho que eu tenho recebido das pessoas aqui fora me faz acreditar que fui muito bem no jogo, que fiz um jogo limpo, de família, e que o pessoal viu que foi muito respeitoso. Fiquei muito feliz de ter mostrado isso.
O sonho que tu já tinhas há algum tempo, de participar do BBB, foi plenamente realizado?Com certeza. Me inscrevi algumas vezes para o programa e era mesmo um sonho. É algo que muda a nossa vida. Sou um cara bem competitivo, e o jogo sempre me chamou muito a atenção. E, estando lá dentro, eu realmente não pensava no que se passava aqui fora. Só queria jogar e queria ganhar o programa. Foi esse o meu maior desejo. Claro que tudo o que vem agora é uma consequência, e tenho de saber lidar, mas competir era o principal pra mim a todo momento. Nunca pensei apenas em ser famoso.
Mas agora tu és famoso. Como isso deve mudar tua vida, o que tu projetas daqui pra frente?
Quero viver o que tiver pra viver. Sei que agora tenho uma responsabilidade muito grande. Tudo o que for dito, tudo o que for postado, pode ter uma influência na vida de muita gente. Mas creio que, por tudo o que já passei na minha vida, pelo respeito que tenho pelas pessoas, acho que vai ser uma coisa boa pra mim poder continuar mostrando para as pessoas que têm carinho por mim, especialmente nas redes sociais, o estilo de vida que eu tenho.
Não faz nem uma semana que tu saíste da casa, mas creio que uma enxurrada de oportunidades já tenha surgido para ti, mesmo nesse pouco tempo. Tu consegues te manter tranquilo?
É muita coisa, realmente. Mas tenho minha empresária-tia-amiga maravilhosa (se dirige à tia, Rosane) ao meu lado, que tem ajudado a filtrar bastante as coisas.Eu tenho a minha empresa, tenho um carinho muito grande pelo que construí até agora, e não vou abandonar isso simplesmente. Mas estou “open to work”, aberto ao trabalho e a novas oportunidades, querendo aproveitar da maneira mais correta tudo o que vier de positivo.
Como foi ter passado esse tempo de tanta pressão distante da família, podendo vê-los apenas numa oportunidade, através de um vídeo (quando Cristian venceu a prova do Anjo)?
É bem complicado. A gente está lá pra fazer o jogo, mas o carinho da família não tem nada igual. Todos viram minha emoção ao receber o presente do anjo, porque aquela é toda a informação que a gente tem sobre como está a família. A gente queria mesmo era abraçar, sentir o cheiro da pessoa, só que naquele momento, naquele contexto, ter aquele vídeo já é uma coisa enorme e que emociona de uma maneira muito natural. Ajudou a aliviar um pouco o coração, mas quero avaliar mais ainda agora, podendo rever todo mundo.
Pensando no jogo em si e sobre os motivos que levaram à sua eliminação. Esse período de quase uma semana fora da casa te ajudou a entender melhor tudo o que aconteceu?
É complicado. A gente começa a reparar em muita coisa que fez lá dentro, tudo o que está gravado, vem uma enxurrada de informações. Acho que a minha trajetória foi boa, o Brasil estava do meu lado, muitas coisas aconteceram, muitas coisas a gente tem que saber onde errou, tem que saber se desculpar e a vida segue.
E qual a sua relação com o jogo daqui pra frente? Para quem tu estás torcendo no game?
Todo mundo me pergunta se dá pra fazer amigos lá dentro, e acho que o Black (Cezar) foi um cara que sempre me apoiou e que esteve do meu lado, no mesmo grupo que eu, depois tive uma afinidade com a Amandinha, nas festas, danças e conversas que a gente teve, então eu levo esses dois como os grandes campeões. Quando eles estiverem aqui fora a gente vai conversar, e serão bons amigos.
E sobre o Paredão desta terça-feira, o que tu projetas?
A partir do momento em que a gente sai da casa já deixa de saber muita coisa sobre o que está rolando lá dentro, e como que o pessoal está sentindo. Todo mundo na casa achou que eu ia sair com uma rejeição enorme, que eu tinha feito tudo errado, e não foi isso que aconteceu, porque aqui fora o Brasil estava vendo o que estava acontecendo (Cristian teve 48% dos votos, menor percentual entre os eliminados até então). Por isso é difícil dar uma opinião aqui fora sobre o que acho que vai acontecer nos próximos passos.
Tua última fala, dirigida aos demais participantes, foi justamente no sentido de reforçar que tudo o que se passou fazia parte do jogo…
Personalidade é uma coisa, jogo é outro. Jogar é muito difícil, ainda mais quando tu estás lidando com pessoas. Isso que é um pouco difícil de todo mundo entender, mas eu estava muito tranquilo por ter conversado com as pessoas, ter exposto tudo o que eu tinha feito ou deixado de fazer, e isso foi muito importante para eu ter saído em paz.