Palco que já recebeu inúmeros artistas profissionais, o UCS Teatro se torna um espaço para a experimentação adolescente durante o Cetec Festival. A tradicional programação movimenta todos os alunos – aproximadamente 680 – das turmas de Ensino Médio da instituição no desafio de criar espetáculos teatrais a partir de um tema proposto. Neste ano, as 17 turmas do Cetec exercitaram diferentes olhares sobre o mundo da mitologia. O resultado disso poderá ser conferido desta segunda (4) até sexta (8), sempre às 19h30min. As 17 apresentações (veja programação abaixo) se revezarão pelo palco do UCS Teatro com transmissão ao vivo pelo YouTube e Facebook do Cetec. Em respeito aos protocolos de segurança contra a covid-19, os espetáculos não terão a presença de público. Somente as turmas participantes de cada noite estarão no UCS Teatro.
Uma das particularidades mais interessantes sobre o Cetec Festival é o protagonismo dos adolescentes, com idades entre 15 e 18 anos. Etapas como a criação do texto teatral, a concepção dos figurinos, a iluminação do palco, a escolha da trilha, e a definição dos atores passam pelo crivo dos estudantes. Vale lembrar que a concepção da iniciativa responde a uma metodologia de projetos integrados, o que, nesse caso, acaba por relacionar a arte com diversas outras áreas do conhecimento.
– Os estudantes partem da leitura das realidades de cada um, dos potenciais de cada um. Essas negociações são muito importantes para o projeto, porque começa a se criar um coletivo, uma identidade de turma – explica Liliane Viero Costa, coordenadora artística do Cetec Festival.
No início de agosto, os alunos participaram de um seminário que abordou diferentes reflexões sobre o universo da mitologia. Foi a partir dali que os estudantes começaram a definir quais caminhos gostariam de explorar artisticamente, no palco. Entre os trabalhos que poderão ser conferidos a partir de hoje há abordagens diversas sobre as mitologias asteca, celta, grega, africana, etc.
– É um olhar muito deles, sobre o que conseguiram ler da mitologia. É uma licença criativa que a gente dá e eles tentam adequar o gosto de todos numa única peça. Esse processo é muito bacana, temos um recorte que é pedagógico, educacional, mas também tem um olhar estético sobre isso. É uma exploração – analisa Liliane.
Programe-se
Peças em cartaz
- Segunda: O julgamento mitológico: uma nova perspectiva, O peso da bondade, e O destino do Olimpo.
- Terça: Erandi desvendando a mitologia asteca, A busca da divindade perdida, A divina tragédia, e Origem do mundo tupi-guarani.
- Quarta: O mito de Perséfone, Kaleb e o confronto de gênios, e O fim do nosso começo.
- Quinta: Post mortem, A origem do universo segundo a mitologia Iorubá, O encontro de cinco mundos, e A destruição de Gaia.
- Sexta: Caminhos traçados por raízes, A guerra de Tróia: a influência da beleza e dos deuses, e O banquete final.