O legislativo caxiense aprovou, em sessão na manhã desta terça-feira, o Projeto de Lei que declara a Orquestra Municipal de Sopros como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial de Caxias do Sul. Os vereadores forma unânimes no voto favorável. O próximo passo será o encaminhamento do texto para sanção do prefeito, o que deve ocorrer ainda esse ano.
O PL foi protocolado em fevereiro pelo vereador Alberto Meneguzzi (PSB), que em 29 de dezembro do ano passado intermediou uma reunião entre representantes da Orquestra e da prefeitura recém-empossada, para tratar da importância de dar continuidade ao grupo. O clima que pairava sobre a orquestra à época era de incerteza, após os cortes de investimentos em cultura da gestão de Daniel Guerra (PRB).
O maestro da Orquestra, Fernando Berti Rodrigues, que esteve presente na sessão na Câmara, comemorou a decisão.
- Acima de tudo é um reconhecimento de um trabalho que vem de décadas. Pudemos perceber o carinho e o respeito pela orquestra, pelo trabalho cultural, artístico, social e de humanização da cidade. É um grande alento para nós, principalmente por saber o quanto a Orquestra é importante para a comunidade - destaca o maestro.
Berti também destaca o quanto a conquista obtida na Câmara alivia os profissionais envolvidos com a Orquestra:
- A gente nunca imaginou que uma administração de ocasião pudesse, de forma autocrática, querer determinar o fim de um trabalho que já passou por tantas gestões, sempre tendo sua importância reconhecida e respeitada. Contudo, na experiência recente, vimos que não era uma coisa tão distante assim. Nosso trabalho correu sérios riscos de continuidade, por uma questão meramente de perseguição ideológica contra a cultura, algo que também se percebeu em nível nacional. Tivemos as atividades cortadas em mais de 50% nos últimos quatro anos. Isso explica a razão de estarmos eufóricos neste momento, aguardando que o projeto seja sancionado e para que também as próximas gerações possam desfrutar da Orquestra.
Também neste ano, os vereadores prestaram a mesma homenagem às bancas de jornais e revistas de Caxias do Sul. No ano passado, a 25ª Região Tradicionalista também foi considera como patrimônio cultural imaterial.