Marcelo Mugnol
Há livros de todas as cores. Alguns vertem poesia e tornam menos árido viver. Outros despem personagens que pensávamos ser cândidos e morais. Páginas e páginas de matizes distintas, ora escritas a partir de argumentos sádicos, ora lunáticos, por vezes pragmáticos e até vis. Ou ainda, obras que parecem nos prender em correntes atávicas, para que jamais pudéssemos ser livres. Bibliotecas guardam mais do que livros, servem pensamento. Em tempos de ensinos virtuais, da pedagogia efêmera dos stories dos digital influencers, e de tanta verborragia ideológica travestida de militância distópica, os livros continuam, impávidos, a devolver a ordem ao caos.
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