Não é preciso dizer que a pandemia mudou nossas vidas. Isso todos já sabem — e sentem. O coronavírus transformou uma simples ida à esquina em um evento, uma aventura. Viajar, então, nem pensar, já que a recomendação das autoridades de saúde é manter o distanciamento social para evitar o contágio. O cenário é de incertezas e tristezas para quem vive do turismo e também para os viajantes inveterados. Quando será possível voltar a percorrer o mundo, conhecer novas culturas, apreciar lindas paisagens, desfrutar diferentes gastronomias? Em segurança, sem medo de ficar doente?
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Berço do futebol mexicano, Pachuca tem museu interativo e hall da fama reconhecido pela Fifa
Ainda não se sabe. Mas há uma forma de manter vivo o turismo e viajar mesmo sem sair de casa. Rever fotos de viagens, buscar destinos, montar roteiros são maneiras de acalmar o coração de quem gosta de colocar o pé na estrada. Para amenizar a saudade de quem ama turistar, vamos publicar, a partir deste final de semana, destinos turísticos para você viajar sem sair de casa. Nossa primeira parada é o estado de Hidalgo, no México, que tive o prazer de conhecer em outubro do ano passado, em uma press trip promovida pela Organização Mundial de Jornalistas de Turismo (OMPT em espanhol) por conta da realização do Premio Pasaporte Abierto. Prontos para conhecer Pachuca de Soto?
La Bella Airosa
Conhecida como La Bella Airosa, por causa do vento que entre junho e outubro alcança 75 km/h, Pachuca de Soto é a capital do estado de Hidalgo. Foi um vilarejo mineiro e hoje tem como um dos principais atrativos turísticos a rota arqueológica mineira. Mas é o futebol que tornou a cidade reconhecida internacionalmente. Pachuca é considerada o berço do futebol mexicano, pois foi nela que nasceu, em 1901, o primeiro time do país, o Clube de Futebol Pachuca.
Com população atual de cerca de 280 mil habitantes, Pachuca foi povoada também por ingleses, os criadores do esporte. E para manter a tradição, a cidade tem um museu interativo e um hall da fama reconhecido pela Fifa: o Salão da Fama e o Mundo Fútbol, que nós já mostramos nas páginas do Pioneiro e no site em novembro de 2019.
Além do futebol, há outro elo entre Pachuca e a Inglaterra: o Reloj Monumental, na Plaza Independencia. Construído no início do século XX, por iniciativa do então presidente Porfirio Díaz, que queria colocar relógios em todas as praças públicas do país, foi feito pela mesma fábrica que produziu o Big Ben, em Londres.
Símbolo da cidade, o Reloj Monumental foi inaugurado em 15 de setembro de 1910 com a intenção de comemorar o centenário da Guerra da Independência, iniciada em 1810, e acabou se tornando ponto de encontro dos pachuquenhos.
O monumento tem quase 40 metros de altura e foi construído sem cimento — utilizaram calcário branco. Nos quatros lados da torre se vê o mesmo número de estátuas femininas de mármore que simbolizam momentos históricas do México: a Independência (1810), a Liberdade (1812), a Constituição (1857) e a Reforma (1859).
É possível subir na torre e sentir o vento gracioso de Pachuca que citei no início. E, claro, apreciar a vista da cidade.
Veja o vídeo do Relógio Monumental:
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