O versículo 1 do terceiro capítulo do livro de Eclesiastes, no Velho Testamento, nos ensina que “Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu”. O que se aprende com a máxima é que nada é perene na vida, tudo tem um início e um fim, e que as coisas se reciclam. Quem era, na infância, nosso amigo-para-sempre, depois desaparece nas dobradas da vida de cada um e não raro jamais voltamos a vê-lo, quiçá, esquecemos até seu nome. As carroças não vieram para ficar, foram substituídas pelos automóveis, apesar dos lamentos dos cocheiros. A sabedoria oriental também nos ensina que o germe do novo, que não vê a hora de desabrochar, pulsa latente nas entranhas do velho, que, ao ser superado, prepara o terreno para o contínuo processo de transformação que pauta a saga da vida sobre o planeta.
Opinião
Marcos Kirst: tempo para ressignificar
As carroças não vieram para ficar, foram substituídas pelos automóveis, apesar dos lamentos dos cocheiros
Marcos Kirst
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