Chegar cedo pra conferir o Mississippi Delta Blues Festival (MDBF) tem das suas vantagens. As filas para pegar os copos e colares têm menos pessoas, dá pra fazer um lanche de boa, sem atropelos, e ainda pode-se curtir o aquecimento dos palcos paralelos do festival.
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Na sexta-feira, dia 22, segunda noite do MDBF, por exemplo, uma das gratas surpresas foi o show do paranaense Lucian Satan, no Creole Moon Stage, que durante o ano é mais conhecido por Front Porch Stage, e por todos conhecido como a Casinha do Blues. Feito o registro, ao show. Não é só no nome que o cara dá pinta de provocativo. Empunhando uma guitarra, cantando e tocando bateria, no melhor estilo homem-banda, já abriu os trabalhos tocando The Stooges, do saudoso Iggy Pop.
Quem preferia um clima manis festivo do que virulento, encontrava alento no Flor de Lis Stage, que fica praticamente em frente ao Mississippi Delta Blues Bar. Em cena, Gisa Londero, com sua voz doce e sedutora, entoava o refrão de Run, Sally, Run!, acompanhada dos guris da Carta Blanca Blues Band e do convidado especial Ricardo Biga, com sua gaitinha mestra. De surpresa, eis que surge Pedrão, também conhecido por Pedro Strasser, empunhando seu enebriante sax. Isso é o Festival de Blues, de um canto a outro, diversão e surpresas.
Enquanto isso, no Folk Stage, como manda a figurino, show com Bob Stroger, acompanhado da The Headcutters, de Santa Catarina. Além de desfilar seus clássicos sons, Bob tratou de confirmar a tradição e contracenou com a plateia, que curtiu os acordes e os passinhos da dança ao lado da lenda do blues.
Isso tudo enquanto não começa a dita programação principal da noite. E tudo isso pra dizer que vale a pena chegar mais cedo.