Sabe aquelas tramas engenhosas cujo desfecha deixa a todos boquiabertos? Pois bem, essa é a proposta dos livros da escritora caxiense Heleusa M. Concer. Ela vai lançar nesta terça-feira, dia 8 de outubro, às 15h, no Espaço 1, na Feira do Livro, em Caxias do Sul, o mais recente romance, recém saído do forno, A Terceira Face do Espelho.
Nesta obra, a autora traz à luz da cena os personagens do seu romance de estreia O Pentagrama de Dante. A apresentação é da escritora Maristela Scheuer Deves, que explica:
"Desta vez, porém, o foco está não exatamente em Dante, mas em Daniel Valtoztat um milionário de 71 anos obcecado pela figura do detetive. Assim, os personagens do primeiro livro retornam neste A Terceira Face do Espelho, mas transformados. Tudo o que (pensamos que) sabemos precisa ser revisto, à luz dos novos fatos, e parte do prazer da leitura é fazer a relação entre o que se lê aqui e o que se leu lá".
Enigmático, não? Mas é esse um dos prazeres da autora, que se diverte com as conexões dos leitores.
— A Terceira Face do Espelho é um livro muito esperado. Eu gosto de fazer o jogo: será que A Terceira Face foi a história real, ou não? Não gosto de finais convencionais. E apesar das minhas leitoras e leitores quererem que eu morra no final de tanta raiva, porque termino o romance de um jeito que eles não imaginavam, ele acabam gostando, porque não é um final clichê — diverte-se Heleusa M. Concer, citando a boa repercussão da sua obra de estreia O Pentagrama de Dante, cuja primeira edição, financiada pelo Financiarte está praticamente esgotada.
A Terceira Face do Espelho foi publicado com recursos da autora, que entristece-se com o corte de orçamento para o Financiarte, que teve o papel importante de ajudar no lançamento da sua primeira obra, assim como para outros artistas. Infelizmente, o Financiarte, edital de 2019, não aprovou nenhum projeto, em nenhuma das áreas.
Leitora de literatura de suspense e policiais, Heleusa revela suas preferências.
— Tenho preferência por ficção, principalmente suspenses policiais. Hoje gosto do Jo Nesbo (norueguês), Dolores Redondo (basca), Arturo Perez-Reverte (espanhol), Gillian Flynn e Jeannette Walls (norte-americanas). Cresci lendo Monteiro Lobato, Machado de Assis e Érico Veríssimo. Aqui de nossa cidade, gosto do Bruno Atti e André Segalla. Também acho que a escritora Raquel Machado tem grande potencial.