Cidade. Substantivo feminino. Aglomeração de pessoas em determinada área geográfica, com inúmeras edificações, que desenvolve atividades sociais, econômicas, industriais, comerciais, culturais.
Basta uma consulta rápida ao dicionário para constatarmos que o verbete “cidade” está intimamente ligado às pessoas que nela habitam e por ela circulam. Uma cidade é muito mais que um conjunto de edifícios, avenidas e praças. Existem os seres humanos e seus sentimentos, existem as relações sociais. E há também a produção artística, tão necessária para podermos ressignificar nossas vivências no cenário urbano.
É possível traduzir toda essa complexidade em fotografias, desenhos e gravuras? Foi essa provocação que a curadora Ana Zavadil fez a um grupo de 31 artistas de Porto Alegre, Caxias do Sul, Novo Hamburgo e Santa Maria. O resultado pode ser conferido na exposição Sincronismos: o humano no urbano, em cartaz a partir desta sexta-feira (12) na Galeria de Arte do Centro de Cultura Ordovás.
— A cidade é um campo expandido e provocativo para os artistas, então cada um trouxe seus questionamentos para inserir no trabalho. Teve um artista, por exemplo, que pensou nas filas de padaria, que são muito comuns para todos nós, e imprimiu as fotos em embalagens de pão. São esses pequenos detalhes que cada artista soube enxergar que torna a exposição muito diversa — pontua a curadora.
Com mais de 80 trabalhos no currículo, Ana Zavadil aposta em uma plataforma curadorial que chama de labiríntica. Ou seja, não há um caminho único a ser seguido pelo visitante: cada um escolhe por onde começar e faz seu próprio percurso. Por consequência, cada visitação é diferente, assim como as reflexões que certamente surgem a cada imagem contemplada.
— Eu gosto de trabalhar com exposições grandes, com muitos artistas e muitas obras. Assim eu componho uma unidade, pois todas as obras acabam conversando entre si — explica.
Sincronismos segue aberta à visitação até 4 de agosto, de segunda a segunda. Oportunidade para o público fazer uma breve pausa na correria tipicamente urbana para refletir sobre o próprio entorno. Afinal, o que nos une à cidade?
PROGRAME-SE
:: O quê: abertura da exposição Sincronismos: o humano no urbano.
:: Quando: hoje, às 19h.
:: Onde: Galeria de Arte do Ordovás (Rua Luiz Antunes, 312).
:: Quanto: entrada gratuita.
:: Visitação: até 4 de agosto; de segunda a sexta, das 9h às 22h; finais de semana, das 16h às 22h.
:: Informações: pelo telefone (54) 3901-1316.
