Muito além das amplas discussões de temas como a escassez de incentivo à cultura ou a visão dos empresários no financiamento de projetos ou, ainda, a inclusão de setores dificilmente contemplados, como as comunidades indígenas e quilombolas e do acesso aos deficientes em eventos, houve reuniões chamadas de Grupos de Trabalho (GT), no Congresso Estadual de Cultura, realizado em Bento Gonçalves, entre os dias 15 e 17 de maio.
Os GTs que tinham por objetivo repensar as leis do setor. Todas as propostas foram apresentadas em audiência pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, realizada no encerramento do encontro, na sexta-feira dia 17 de maio.
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Entre as propostas citadas pelos artistas, produtores culturais e representantes dos governos municipais presentes — à exceção de Caxias que não enviou nenhum representante da prefeitura — estão revisões e desburocratização das leis de incentivo, maior investimento do Estado para o setor e abertura de editais especiais para áreas ainda não atendidas.
— Vamos respaldar a Secretaria de Cultura do Estado na Assembleia — promete a deputada estadual Sofia Cavedon (PT), presidente da Comissão.
Outra proposta que chama a atenção é a de qualificar prefeitos e gestores culturais, sejam eles diretores de departamento ou mesmo secretários de estado, para que possam ser conscientizados da importância em atender as demandas da economia criativa de suas cidades.
— Precisamos cada dia mais de convergência de ideias e forças como a que vimos neste encontro. E já colocamos à disposição esta casa, para o 4º Congresso de Cultura e toda e qualquer discussão de interesse do setor, no Estado — defende Evandro Soares, secretário de Cultura de Bento.
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