JJ Thames nasceu em Detroit, terra da histórica gravadora Motown, ferramenta propulsora da popularização da soul music no mundo. Foi ali que a cantora teve sua iniciação artística, sob as bênçãos do jazz e da música clássica. Ainda criança, descobriu no seu próprio timbre o conforto e a força que hoje emana em suas composições autorais.
– Cantava para dormir à noite quando ainda era menininha. Sentia medo do escuro e isso me acalmava – contou ela em entrevista ao Pioneiro por e-mail, quando questionada sobre sua memória musical.
Leia mais:
Cantor e violonista irlandês Gallie é a atração principal do Folk Stage, no Mississippi Delta Blues Festival
Ainda não comprou ingresso pro festival de blues em Caxias? Confira valores e onde comprar ingresso
Rodica se apresenta pela primeira vez no MDBF, neste sábado
Confira a programação desta sexta e sábado do MDBF, em Caxias
Primeira noite de MDBF contou com a clássica mistura de atrações, ecoando facetas do blues
Misturando boas doses dessa suavidade de menina com a força de uma verdadeira diva do blues, JJ Thames mostra sua obra em Caxias pela primeira vez neste sábado (24). Ela foi a escolhida para fechar a programação do palco principal do Mississippi Delta Blues Festival, prometendo envolver o público em ritmos que passam por referências do gospel, do jazz, do country blues, do delta blues, do soul, do funk e até do reggae.
– Gosto de dizer que viajo por todo o universo do blues. Blues é um sentimento e minha música é projetada para fazer você sentir exatamente isso. Meu blues é fora da caixa e livre – define ela.
Influenciada por artistas que vão de Ray Charles e Etta James a Kathleen Batalha e Steven Tyler, JJ Thames hoje vive no Mississippi, terreno mais fértil do blues norte-americano. Dona de uma veia pop muito aflorada, os dois discos lançados demonstram a versatilidade da artista, tanto em suas nuances de voz como nos temas que aborda nas letras. O amor e a dor dualizam as composições, mas a esperança é a mensagem que parece mais interessar a JJ Thames.
– A vida é um palco. Pratico o que prego e vivo em voz alta minhas convicções. Se estou fisicamente em um palco e me apresentando para as pessoas, ou andando na rua cuidando dos meus negócios, há sempre alguém assistindo e há sempre uma oportunidade de influenciar positivamente – diz.
É nesse compromisso com a positividade que JJ Thames constrói sua imagem de diva. O termo, tão usual para definir as artistas femininas do blues e do soul, ganha novas interpretações a partir de suas vivências.
– A maioria das pessoas pensa que uma diva é uma mulher que é arrogante, exigente O que não sou. Sinto que uma diva é um indivíduo que tem um dom e é reconhecido por isso, usando sua posição na vida para ser uma bênção para os outros. Ela é aquela que capacita, sem ostracismo – conceitua.
Programação para sábado:
HOPSON STAGE
:: Marcelo Villela (RJ)
:: Bill “Howl´N´Madd” Perry (MS/USA)
:: Crossroads Time
:: J. J. Thames - Mississippi Blues Diva (MS/USA)
MAGNOLIA STAGE
:: Rodica (USA) & The Blues Groovers (RJ)
:: Sonja (RJ)
:: Vanessa Collier (TX/USA)
FRONT PORCH STAGE
:: Bob Stroger (IL/MS) & The Headcutters (Itajaí/SC)
:: Ian Siegal (UK)
FOLK STAGE
:: Trash Panda Creek Band (USA)
:: Gallie (Irl)
MISSISSIPPI STAGE
:: Zé Pretim (MT)
:: André Casquilho & Blues Groovers (RJ)
FLEA MARKET STAGE
:: Fran Duarte canta Aretha Franklyn
:: Jes Condado & Natacha Seara (ARG)
:: Claudia Sette (RJ)
:: Lennon Z & The Sickboys Trio (RS)