O Dia Mundial do Rock passou, mas a atmosfera roqueira permanece com diversas agendas dedicadas ao gênero nas semanas que antecedem ou sucedem 13 de julho. Dentro da programação oferecida pelo Sesc Caxias do Sul, ocorre nesta quinta-feira um pocket show com um dos ícones do rock feito no Rio Grande do Sul, o cantor, compositor e multi-instrumentista Frank Jorge. Em formato reduzido e intimista, o roqueiro terá a companhia do baterista Alexandre Birck, ex-parceiro da Graforreia Xilarmônica, para tocar um repertório que irá privilegiar o disco mais recente de Frank, Histórias Excêntricas ou Algum Tipo de Urgência, lançado no mês passado.
– Vai ser um tipo de show que eu faço em alguns bares de Porto Alegre, com guitarra e bateria, mas com a diferença de que não deve ser a misturança de músicas que normalmente faço. Será o repertório mais autoral, focado no disco novo, mas com algumas coisas de outros trabalhos. E sempre acaba rolando alguma das minhas referências, como Beatles ou Roberto Carlos. É um show que me deixa bastante empolgado, também por ter um grande carinho por Caxias – destaca o cantor porto-alegrense.
Dentro do propósito do Sesc, de oferecer uma agenda roqueira que privilegia bandas e artistas gaúchos, Frank Jorge deve reservar alguns minutos antes do show para bater um papo com o público sobre sua formação no rock, que tem como uma das inspirações mais próximas o cantor gaúcho Bebeto Alves, que segue na ativa aos 63 anos (Frank tem 51). Seguir na ativa e criando coisas novas, aliás, é o que o músico projeta para o futuro, mesmo dividindo as atenções entre a própria carreira, os três filhos e os cargos de professor e coordenador do curso de Produção Fonográfica da Unisinos, em São Leopoldo e Porto Alegre.
– É uma vida que exige bastante organização e dedicação, mas, sem medo de soar piegas, faço com bastante amor. Seria uma blasfêmia se referir a alguém como “só artista”, mas eu sempre gostei de ter um outro olhar sobre a minha atuação. Sempre li e estudei bastante e isso é inerente à atividade acadêmica, de professor e gestor. Tenho amigos da minha geração que seguem como músicos, outros desistem. Eu sempre fui insistente e gosto muito de seguir produtivo. Recentemente um amigo usou essa palavra muito simples (produtivo) referindo-se a mim, e considerei um grande elogio. Estou sempre tentando acrescentar alguma coisa à minha trajetória.
Olho na tela
Após a apresentação de Frank Jorge, haverá a exibição do documentário Rock Grande do Sul, de Gastão Moreira. Lançado no ano passado, o trabalho revisita um projeto homônimo lançado em setembro de 1985, que começou com um grande show de bandas locais no ginásio Gigantinho e culminou no lançamento de uma coletânea, no qual foram apresentadas ao Brasil bandas importantes como TNT, Garotos da Rua, Engenheiros do Hawaii, Replicantes e DeFalla.
O quê: Pocket show com Frank Jorge + exibição do documentário Rock Grande do Sul.
Quando: Quinta-feira, a partir das 19h30min (duração: 60 minutos + 35 minutos).
Onde: Teatro do Sesc, em Caxias do Sul.
Quanto: Entrada social, mediante a entrega de 1kg de alimento não-perecível. Os ingressos podem ser retirados no Sac do Sesc.