Depois de uma abertura com reggae de Armandinho, show com toques politizados da 1Kilo, o funk bem-humorado de Nego do Borel e uma festa sertaneja comandada pelas patroas Simone & Simaria – com direito a um tombo de uma delas –, a segunda noite do Planeta Atlântida 2018 manteve a pluralidade musical apresentada na sexta-feira e foi além. Teve uma grande diva, muito rebolado, romantismo de dois grandes nomes da música brasileira e o rock de uma banda gringa cheia de fãs.
Os fãs que lotaram a Saba, em Atlântida, na 23ª edição do festival – neste ano, o evento reuniu 74 mil pessoas nas duas noites –, puderam conferir de perto os ídolos e levaram lições de respeito e tolerância.
Pabllo Vittar não apenas estreou no Planeta. A cantora drag queen "lacrou". Com uma mensagem de tolerância, a artista fez um show emblemático, cheio de hits e muita animação. Ela dançou até o chão, investiu em longos agudos, agitou os planetários e ainda exibiu a bandeira LGBTQ. Foi a grande diva do festival.
Apesar de pegar um público que se despedia da festa, a Phoenix – uma das principais atrações deste ano – fez um show redondo e com bastante animação. Quem esperou a banda francesa presenciou uma das melhores performances do festival.
Se Pabllo colocou todo mundo para dançar, Luan Santana e Mano Brown, cada um ao seu estilo, levaram mensagens de amor ao Planeta. O líder dos Racionais MC's subiu ao palco já na madrugada de sábado para domingo, acompanhado do supergrupo Boogie Naipe, para apresentar sua mistura de soul music com rap. Já Luan Santana até chamou uma fã para jantar com ele. O sertanejo interagiu bastante com os planetários, falou sobre sua relação com o Rio Grande do Sul e cantou hits como Acordando o Prédio e Sogrão Caprichou.
Num show só com os maiores hits da carreira, Anitta fez os planetários se espremerem para conseguir um lugar para acompanhar sua apresentação bem próximo do Palco Planeta. A cantora mostrou um set list trilíngue e levou os fãs ao delírio quando tocou o mais novo sucesso, Vai Malandra.
IZA, pela primeira vez no Planeta, apesar de algum nervosismo, mostrou o brilho de uma estrela em ascensão do pop nacional. Cheia de si e de carisma, a cantora carioca dominou o palco, apresentou suas canções, como Pesadão, e fez covers de divas como Beyoncé e Nina Simone.
Os mineiros do Jota Quest voltaram ao Planeta Atlântida desplugados. A banda liderada pelo vocalista Rogério Flausino aproveitou para tocar sucessos de todas as fases de sua trajetória. Foi hit atrás de hit: Encontrar Alguém, Fácil, Dias Melhores, Sempre Assim, ou seja, é como diz o título do DVD desplugado que o Jota Quest lançou no ano passado: Músicas para Cantar Junto.
Com Vitin correndo pelo palco com uma bandeira do Rio Grande do Sul, o Onze:20 abriu o segundo dia de shows no palco principal do Planeta. Logo de cara, a banda levantou o público com um hit cantado em coro pelos planetários, Sem Medo de Amar. Depois, emendou canções como Não Devo Nada, Te Amar me Faz Feliz Demais e Te Roubar pra Mim. Outro destaque do setlist foi Pra Você, um dos maiores sucessos do grupo que mistura reggae e rock.
Para fechar o Palco Atlântida em 2018, rolou um encontro de respeito: Comunidade Nin-Jitsu e Mr. Catra. Com mais de 20 anos de carreira, a Comunidade Nin-Jitsu abriu a apresentação e colocou o público para cantar junto. No set list, que durou cerca de 40 minutos, o grupo porto-alegrense apresentou velhas conhecidas como Quero te Levar e Não Aguento Mais. Na performance de Detetive, meninas subiram ao palco para dançar com os integrantes. Seguindo o repertório regado a muito funk, Mr. Catra fechou a noite e trouxe o sucesso Adultério, além de outras faixas atuais do estilo, como Vai Embrazando e Agora Ela Vai Sentar.
Leia também
Orquestra Municipal de Sopros abre temporada 2018 com concertos para celebrar o verão
Iniciativas como o Cine Kids e o Cinema de Verão, em Caxias, são opções divertidas e educativas nas férias
3por4: representante do Estado no Miss Brasil Plus Size pede apoio para participar da etapa nacional
3por4: Biamar lança coleção Outono/Inverno inspirada na estética de cidades russas