A enogastronomia da Serra gaúcha foi a estrela da primeira edição do Buona Forchetta (bom de garfo, na tradução do italiano), feirinha que atraiu cerca de 2 mil pessoas ao Hotel Villa Michelon, em Bento Gonçalves, no último sábado, para apreciar delícias como pães, queijos, antepastos, embutidos, geleias, biscoitos, trufas, pães e outras delícias comercializadas por produtores locais. Além disso, quem passou pelo empreendimento no Vale dos Vinhedos teve a oportunidade de degustar vinhos, espumantes e sucos de uva elaborados por vinícolas da região e de outras partes do Estado.
O Buona Forchetta surgiu de uma parceria entre os Destemperados e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin).
– Isso é sustentável, é legal, é bom. A gente conhece o produtor e incentiva a economia. Não tem nada de ruim tu comprares de um produtor que tu conheces. Tu tens a chance de falar com o cara que fez o vinho, com o cara que faz o queijo, o salame, o azeite, o sorvete. Isso é muito rico – afirma Lela Zaniol, uma das sócias dos Destemperados, acrescentando que durante a ExpoBento, o Buona Forchetta será realizado durante 10 dias e que a ideia é tornar a atividade itinerante, levando-a a outras cidades da região "para enaltecer a Serra, colocá-la no lugar em que ela merece estar, de destaque."
Maristela Pasa aproveitou a tarde de sol para passear com o marido, Ricardo, e a filha, Catherine. Moradora e Porto Alegre, a família veio de Porto Alegre para experimentar novos sabores.
– Sempre me interessei por gastronomia e viemos também porque é uma iniciativa bacana, ao ar livre, com bastante gente – elogiou a contadora enquanto degustava os queijos que recém havia comprado.
O público também formou fila para degustar a costela de porco no menarosto com barbecue de beterraba e tomate acompanhada de risoto de cogumelos preparados pelos chefs Altemir Pessali (Primo Camilo e Trattoria Mamma Gema) e Rodrigo Bellora (Valle Rustico).
– O Buona Forchetta é mais um movimento que se une a uma causa em que acredito há mais de 10 anos, que é o de olhar para o local e valorizar as origens – salientou.
Leia mais
Nivaldo Pereira: mitologia taurina
Pedro Guerra: não tenha sucesso
Mães majestosas: conheça as vencedoras do concurso "Dia de Rainha"
"Vozes do tempo" resgata a memória de Flores da Cunha
5 dicas imperdíveis do Buona Forchetta
Biscotteria Itallinni
Fundada em 2010, no Vale dos Vinhedos, a biscoiteria é o sonho de duas irmãs que idealizaram as receitas em homnenagem à história da família e a suas origens. Os biscoitos são todos feitos artesanalmente com ingredientes simples e sem adição de conservantes e gordura trans. Dentre os sabores que mais chamam a atenção está o de manjericão, salgado.
Dolcetto do Vale
Produzidos pela Família Zaccaron, que se utiliza de receitas passadas de geração para geração, os doces da Dolcetto Fredo chamam a atenção por seu sabor. Dentre os produtos da casa, experimente os cookies e o Docetto Freddo, um doce cremoso, para comer de colher, nos sabores brigadero, de leite e banana.
Queijaria Valbrenta
Localizada na entrada do Vale dos Vinhedos, foi criada em 2003 para produzir queijos artesanais e em pequenas quantidades. Desde a estação do ano até o clima e a ração que a vaca que fornece o leite recebe são fatores que influenciam no sabor dos diferentes tipos de queijos elaborados por lá. Entre os carros-chefes da casa está o queijo itálico, que tem uma crosta escura por ser maturado em vinho tinto.
Granberg
A empresa representa todo o sabor dos embutidos da Serra Gaúcha no bairro de Galópolis, em Caxias do Sul. O processo de produção é controlado, e a qualidade, garantida. Entre os produtos que mais fazem sucesso estão a copa, a linguiça colocnial e o salame, mas além dos embutidos há banha, carcaças, cortes nobres, defumados e miúdos.
Verde Louro
Produzidos na Fazenda Mato Grande, na cidade de Canguçu, os azeites da Verde Louro são extravirgem e têm acidez baixíssima graças às características do solo e do clima onde as oliveiras estão plnatadas. Entre as opções para provar, estão os azeites feitos com Arbequina, Arbosana e Koroneiki, cada um com suas características, um mais herbal, outro mais picante, por exemplo.