Um mundo de risos, lágrimas, truques e traquitanas cabe na programação do Festear, cuja maratona final de apresentações começa nesta sexta-feira, às 18h, na Praça Dante, com O Lançador de Foguetes, e segue até domingo, às 18h, no Parque dos Macaquinhos, com Automákina, ambos do Grupo de Pernas Pro Ar. Um panorama de invenções e emoções que aproximam homens, bonecos e máquinas para conferir na rua, de graça.
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Para O Lançador de Foguetes (sexta-feira, 18h, na Praça Dante) cumprir a sua missão, precisa da energia do público. E como!
- O olhar, a interação e a curiosidade das pessoas são fundamentais. Nos dois trabalhos, exploramos a plasticidade, a maquinaria, a mecânica do movimento para contar histórias que são completadas pela plateia - diz Luciano Wieser, que se autodenomina engenheiro de engenhocas desta montagem.
Na Praça Dante, sábado, o encontro com o público permeia Milkshakespeare, do Quiquiprocó (às 10h30min) que tem uma trupe tentando encenar clássicos de Shakespeare, é reafirmada nas histórias do catador de memórias recicladas de João Pé-de-Chinelo (às 16h), nas tombadas e trombadas dos palhaços de Faixa de Graça (às 17h) e na epopeia sobre valores para um bom combate de Um Por Todos (às 18h).
Para domingo, nos Macaquinhos, novas emoções. Pequeno, minimal, mas com camadas de recursos, O Teatro de Caixa (às 15h) é de grandes intenções. Mistura linguagens do lambe-lambe com o toy theatre, educa a plateia sobre os espaços do teatro, pões cinco pessoas a ouvir uma história em fones e outras tantas e assistir isso.
- O teatro miniaturizado, na caixa, instiga, coloca o público em cena, e constrói uma armadilha dramatúrgica que, no fim, insere muita gente nos encantos e amores e do apresentador Valentim - explica Rudinei Morales.
Também fala de amores La Perseguida (domingo, às 16h, nos Macaquinhos). A peça de Santa Maria tem o palhaço Rabito todo carente em busca de sua cara metade. O périplo é entremeado por gags circenses e ckownescas.
- A arte do palhaço põe uma lupa sobre nossos defeitos. É um espelho da sociedade, frágil e bela. Só que o palhaço não tem problemas em assumir isso, ela dá a volta por cima, não desiste - descreve o ator Daniel "Rabito" Lucas.
Tramando estas cumplicidades, eis o teatro realimentando sua essência dos encontros.
- São muitas coisas que a gente leva para a rua. É esse mundo que o personagem constrói para levar em suas costas - complementa Wieser que encerra o Festear domingo, às 18h, no Parque dos Macaquinhos, com Automákina, cuja maquinaria leva 10 horas para ficar pronta.
Programação Paralela
Sexta, às 20h, exposição O Teatro de Papel, com Rudinei Morales, e vídeo Nas Margens do Riso: Quilombos de Alegria e Luta, do Grupo La Perseguida, e bate-papo
Sábado, às 20h, vídeo e mostra fotográfica Um Mundo Makinoso, pré-lançamento do livro Longa Jornada de Teatro de Rua Brasil Afora, com Márcio Silveira, do Grupo Manjericão, e bate-papo
Local: Moinho da Cascata - Luiz Covolan, 2820, % (54) 3028.8192. Entrada franca