O elenco estelar de A Grande Aposta, com estreia nesta quinta, deve ser responsável por levar muita gente às salas de cinema de Caxias. É inegável o apelo que o longa de Adam McKay tem ao reunir nomes como Steve Carell, Christian Bale, Ryan Gosling e Brad Pitt, até porque seria quase improvável um filme sobre crise imobiliária dos Estados Unidos despertar a curiosidade de alguém.
Mas acredite, desperta. Tanto que a produção recebeu quatro indicações ao Globo de Ouro - melhor filme de comédia ou musical, melhor ator de comédia ou musical (Bale e Carell) e melhor roteiro - e certamente aparecerá em algumas categorias do Oscar a ser anunciado hoje.
Em 2008, os Estados Unidos embolaram a economia mundial com o estouro da bolha imobiliária. Na prática, os bancos deram crédito a rodo para as pessoas comparem imóveis. Por sua vez, muitas das pessoas que contraíam a dívida sabiam que não teriam condições de pagá-la, mas como os imóveis estavam valorizados, elas revendiam por um preço maior para "fazer" dinheiro. Só que muita gente teve essa ideia ao mesmo tempo e, de uma hora para outra, os imóveis caíram de preço e elas ficaram sem ter como honrar seus compromissos, levando diversos bancos a prejuízos bilionários.
O longa é inspirado num acontecimento verídico relatado no livro A Jogada do Século, do analista econômico Michael Lewis, sobre um empresário que enriqueceu em meio ao cenário caótico dos EUA. Michael Burry, vivido no cinema por Bale, enriqueceu ao perceber o cenário aterrador que se desenhava ganhando dinheiro com o prejuízo dos bancos. Junto com ele estão os corretores Jared Vennett (Gosling) e Mark Baum (Carell) e o sabe-tudo de Wall Street Ben Rickert (Pitt).
McKay se utiliza de alguns subterfúgios, como citações literárias, para explicar termos técnicos como swaps (trocas de risco sobre operações financeiras) e subprimes (créditos de risco). Tudo com um trilha que reúne nomes como Led Zeppelin, Nirvana e Gorillaz.
Sobre Stallone, Snoopy e acreditar em si próprio
Para Rocky Balboa a luta nunca acaba. A produção que rendeu a Sylvester Stallone o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante, no último domingo, estreia nos cinemas retomando o personagem mais emblemático do ator quase setentão.
Em Creed: Nascido para Lutar, Rocky é o mentor de Adonis Johnson (Michael B. Jordan), filho de seu grande amigo Apollo Creed, que morreu no ringue em Rocky 4 (1985).
O prêmio ao ator e algumas boas críticas se justificam em parte à direção de Ryan Coogler, que em 2013 expôs com coragem um episódio sórdido e trágico de violência policial nos Estados Unidos em Fruitvale Station: A Última Parada.
Em Creed ele faz uma homenagem e uma deferência ao personagem que lançou a carreira de Sylvester Stallone. A trama não é mirabolante e eficiente em retomar o tema do sujeito de poucas oportunidades, mas com muita fibra e toda a raiva do mundo em seus punhos ele tem a chance de deixar sua marca.
Alternativa para pequenos e adultos, a animação Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme é dirigida por Steve Martino. A animação é baseada nos quadrinhos do cartunista norte-americano Charles M. Schulz e reúne Charlie Brown, Snoopy e sua turma.
Na trama, Charlie Brown se apaixona pela garota nova da escola e que mora em frente à casa dele. Sendo conhecido por sempre causar desastres, ele vê na Garota Ruiva a chance de recomeçar e fazer as coisas certas dessa vez. Mas é claro que essa será uma tarefa muito mais difícil do que ele imagina. Enquanto isso, Snoopy e Woodstock escrevem sua própria história envolvendo um avião vermelho e a cachorrinha Fifi.
Lucrando com a bolha imobiliária
"A Grande Aposta", com elenco estelar, estreia em Caxias
Filme reúne Steve Carell, Christian Bale, Ryan Gosling e Brad Pitt
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