Exposição com objetos pessoais de Honeyde Bertussi pode ser visitada em Caxias

Graças ao processo de doação do acervo do tradicionalista Honeyde Bertussi (1923-1996) ao Instituto Memória Histórica e Cultural (IMHC) da UCS, iniciado pela família dele no final do ano passado, pertences do acordeonista são revelados na exposição Honeyde Bertussi 
- O Cancioneiro das Coxilhas, instalada na Galeria Universitária até o dia 30 de setembro.

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Entre os objetos aparecem a máquina de escrever em que Honeyde provavelmente escreveu algumas composições, bem como o violão, hoje sem cordas e um dos objetos mais antigos do acervo, da década de 1930, com o qual começou a se apresentar. Foi apenas em 1942 que ele comprou o primeiro acordeom e no final dos anos 1940 formou a dupla com o irmão Adelar.

Entre os anos 1950 e 1960, os Irmãos Bertussi tornaram espécie de lendas da música do Rio Grande do Sul, pelo caráter inovador com que conduziram a carreira _ ao invés da dupla violão e acordeom, ambos tocavam gaitas, fazendo com que os instrumentos fossem complementares. 

- Quando montou a dupla com Adelar, Os Bertussi eram artistas de vanguarda, chegaram a aparecer na revista O Cruzeiro, destacados como artistas famosos que o Brasil desconhecia - explica o diretor do IMHC, Anthony Beux Tessari.

Para que histórias como essa não fiquem guardadas nas memórias daqueles que as vivenciaram, Tessari explica que a intenção da mostra é difundir esse acervo, a fim de transmitir às novas gerações um legado sobre a cultura regional. O conjunto engloba desde peças triviais, como cuias e bombas de chimarrão, às mais íntimas, como óculos, chapéu e um estojo de barbear. Discos, fitas cassetes, gaita e violão condensam a parte artística, e a cronologia ajuda o espectador a inserir o personagem retratado na dimensão temporal.