O monstrengo que se alimenta de sangue humano já ganhou inúmeras formas no cinema. Mas talvez a mais emblemática, até hoje, seja mesmo aquela que o diretor F.W. Murnau conferiu ao seu Nosferatu, no longínquo 1922. A trama do escritor irlandês Bram Stoker foi levada às telas com toda a obscuridade que merecia. E é provável que você não encontre um vampiro tão assustador quanto esse, vivido pelo ator Max Schreck - o conde é realmente horrendo com aqueles dentes pontudos e dedos compridos, mas seus olhos exibem certa humanidade quando olham para a amada, o que contribui para a beleza do filme.
O trabalho de luzes e sombras é primoroso, e você com certeza já viu a cena em que Nosferatu sobe as escadas deixando somente sua sombra à mostra. A trilha que embala a mudez do longa é igualmente impressionante.
A produção será exibida gratuitamente em Caxias neste sábado, às 20h, na Sala de Cinema Ulysses Geremia (Rua Luiz Antunes, 312). A sessão integra uma mostra sobre expressionismo alemão que segue até este domingo.