A baiana Pitty, que se apresenta em Caxias nesta sexta, lançou-se em carreira solo em 2003, depois de ter firmado nome no undergound em bandas como Inkoma e Shes. A cantora viu de perto a transição que levou as gravadoras perderem força e a internet entrar de sola na produção musical, o que gerou mudanças significativas no cenário roqueiro. Atualmente, no entanto, Pitty acredita que o gênero está vivendo um período de estagnação.
- Imagino que seja um momento de transição, como já aconteceu tantas vezes. Logo mais surge alguma banda ou artista que bota fogo na coisa novamente, mas a cena não para nunca. Particularmente, estou num momento bem legal, shows lotados, galera cantando todas as músicas novas. Acho que encontrei um tamanho e um espaço onde consigo sobreviver da minha música sem precisar fazer concessões ridículas ou sacrificar o lado artístico da coisa - comenta ela, que é artista da DeckDisc.
Em Caxias, ela apresenta a turnê do quarto álbum de estúdio, SETEVIDAS, e mostra momento de amadurecimento na composição. Praticamente sozinha como figura feminina no rock brasileiro, a cantora comenta que já se acostumou com o posto, mas avisa que há muita garota mandando ver no underground:
- Sempre, desde o underground, eu estava mais cercada de homens do que de mulheres, mas isso nunca fez com que me sentisse uma exceção. Mas existem muitas mulheres fazendo rock pelo Brasil, e meu desejo é que esse espaço se torne mais igualitário.
O show em Caxias será nesta sexta, à meia-noite, na All Need Master Hall (Castelnovo, 13351, bairro Capivari). Ingressos a R$ 40 (pista), R$ 90 (VIP) e R$ 110 (mezanino open bar), à venda antecipadamente na Tribus (Júlio de Castilhos, 1.856 _ 3028.2063), Tropikal (Visconde de Pelotas, 781 _ 3039.0008), Wolly Burguer (Kayser e Bela Vista), Skill Idiomas (Caxias, Bento e Farroupilha). Venda online pelo www.minhaentrada.com.br.
Rock
Pitty, atração em Caxias sexta, comenta cenário musical pós internet
Show será na All Need Master Hall
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