Estreia nesta sexta-feira, em Caxias, documentário do cineasta Robinson Cabral (de É Proibido Falar Italiano) que se debruça sobre a trajetória de um dos cinemas mais emblemáticos da cidade. Em Cine Ópera - Memória e Identidade, o diretor dosa ingredientes como humor, ironia e metáfora para conduzir uma reflexão, tão orquestrada como uma verdadeira ópera. O filme é dividido em sete atos, mais epílogo e prólogo.
Uma característica nada convencional para documentários produzidos por aqui são as duas horas de duração. Mas a fluidez da narrativa é garantida por outra boa sacada do diretor. Cabral decidiu usar imagens de filmes clássicos que ocuparam a telona do Ópera em algum momento de sua trajetória, subvertendo os diálogos nas legendas. Desta forma, personagens como Tarzan e Flash Gordon narram a história de forma leve, coloquial e bem-humorada. Esse mosaico de imagens cinematográficas é um dos aspectos mais inovadores e positivos com relação ao filme - claro que somado à presença do gringo bonachão Massimo Menarosto, maestro que conduz a ópera.
- O artista é um gigolô, se apropria dos outros, se apropria do mundo (...). É um filme sobre um cinema, e o cinema é o que eu mais valorizo no documentário - comenta Cabral, sobre a inclusão de clássicos (todos de domínio público) em seu longa.
O filme, custeado via Lei Rouanet e com patrocínio da Visate, tem sessões de estreia nesta sexta, às 20h, e neste sábado, às 18h. Ambas exibições no UCS Cinema, com entrada franca.
Tragicomédia
Documentário "Cine Ópera - Memória e Identidade" estreia em Caxias nesta sexta
Sessão no UCS Cinema tem entrada franca
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