O Almanaque deste fim de semana convidou três artistas de Caxias do Sul para retratarem a sua visão sobre a fé em Caravaggio. Veja o resultado:
Título: Caravaggio
Técnica: caneta esferográfica
Dimensões originais: 17cm x 28cm
Rafael Dambros representou Nossa Senhora de Caravaggio vista de baixo para cima, na perspectiva da personagem Joaneta. O espectador tem a visão da santa que estende sua mão esquerda em consolo, bem como para mostrar a cruz, como uma lembrança de que a salvação está em seu filho, Jesus.
A mãe do artista, Clélia de Oliveira Dambros, serviu de modelo. Pelo fato dela ser afrodescendente, foram adicionados alguns elementos do sincretismo religioso. O manto tem detalhes que remetem à padronagem indígena brasileira, bem como a africana, e a coroa, de pérolas e folhas de louro, remete à coroa em forma de estrela de Iemanjá, rainha do mar, representada no catolicismo como Nossa Senhora dos Navegantes.
Sem título
Colagem e encáustica
Dimensões originais: 32cm x 22cm
A peregrinação dos romeiros rumo ao santuário de Caravaggio foram a inspiração para o frei Celso Bordignon. A obra tem como partida a santa e sua serva Joaneta. A cera derretida produziu os caminhos percorridos pelos peregrinos para pedir ou agradecer pelas graças alcançadas.
As contas do rosário são o símbolo da fé em Maria.
Miraculosa Immagine de Caravaggio
Técnica: grafite
Dimensões originais: 29cm x 42cm
Gustavo Gomes procurou retratar a dimensão espiritual de Caravaggio. Sua auréola como forma de mandala simboliza as diversas formas de proteção e assistência que Nossa Senhora de Caravaggio traduz. A silhueta ao fundo traz o Santuário de Caravaggio, refletindo as romarias que anualmente atraem milhares de pessoas, que seguem incessantemente em busca da realização de seus pedidos e em agradecimento.