Ao completar 90 anos, na próxima terça-feira, a costureira Corina Frigeri Wainstein orgulha-se de ter proporcionado aos irmãos, com o próprio ofício, a possibilidade de estudar.
- Tive muitas alegrias na vida, mas ver familiares formados é muito bom, pois sei que eles têm uma segurança na vida - afirma.
Corina puxa fácil da memória histórias sobre o início do trabalho. Começou a costurar sob orientações da mãe. Pegava lençóis velhos, moldava-os no corpo das clientes e então trabalhava: fazia penses, plissados, alinhavava e começava a desenvolver o cuidado que até hoje caracteriza seu trabalho. As primeiras clientes foram as vizinhas da residência em Forqueta, onde a família morava.
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Não é exagero lembrar que os trajes de Corina estiveram presentes nos principais acontecimentos sociais da cidade e até de fora dela, nos últimos 60 anos. Na época áurea dos bailes de debutantes, chegou a confeccionar trajes para 29 das 30 meninas que seriam apresentadas à sociedade. Viu fortunas serem formadas e perdidas. Viu salões de clubes cheios esvaziarem-se com o passar dos anos, e a sociedade tradicional dar lugar a novos ascendentes. E ainda se entusiasma com as transformações da cidade.
- Vi Caxias crescer e amo essa cidade. Ela é como a filha que não tive - conta ela, casada desde 1968 com Morche Wainstein.
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