Passava um pouco das 18h desta sexta-feira quando o escritor porto-alegrense João Gilberto Noll adentrou no Auditório da Feira do Livro de Caxias. Menos de 15 pessoas o aguardavam - cerca de 30 compareceram, mais tarde, chegando aos poucos - e ele, de cara, começou a ler. Escolheu um trecho de Lorde, de própria autoria, "(...) Cheguei meu ouvido perto de sua boca, manchando-me de sangue, ouvi: Foi ele...O cara estava febril na noite gelada, e aquilo me dava calor".
Quem não tinha intimidade com a obra de Noll, conseguiu perceber a visceralidade da narrativa. Na sequência, o autor falou sobre o doloroso processo criativo, sobre a solidão e sobre a literatura como bálsamo.
- O papel da arte é dar novas luzes à experiência que passa batida do cotidiano - disse.