Pela primeira vez em Caxias, o escritor José Eduardo Agualusa, 51 anos, bate-papo com os leitores no Auditório da Feira do Livro, neste sábado, às 18h. Nascido em Angola, mantém relações afetivas e laborais com Portugal e Brasil.
O público leitor dos três países é, para ele, muito diverso. Explica que Portugal criou uma rede de bibliotecas públicas das melhores da Europa:
- Investiu na leitura, e hoje tem um público leitor relativamente vasto, sofisticado e interessado, e um grupo de escritores muito bons, com reconhecimento internacional.
Já o Brasil começou, mais recentemente, avalia Agualusa, a fazer um esforço grande no sentido de levar o livro aos seus leitores:
- Iremos assistir a um grande crescimento no número de leitores e, paralelamente, à afirmação de novas gerações de escritores. Angola não fez esse esforço. Há poucos leitores, e pouco sofisticados. E há poucos escritores com qualidade. Contudo é um país muito interessante, com um povo muito criativo e muitas histórias à espera de quem as escreva.
A publicação de Agualusa no Brasil ocorreu "um pouco por acaso" e, em breve, deve virar filme e minissérie.
- Belisário Franca (diretor de cinema) veio a Lisboa, fazer um documentário sobre a língua portuguesa, e comprou um dos meus romances, Nação Crioula, que havia sido publicado pouco tempo antes. Deu o livro a ler ao Hermano Viana. Ambos se entusiasmaram com ele, falaram com a Gisela Zingoni, da Gryphus, que, na época era casada com o cameraman que filmava o documentário, Gustavo Hadba, e a Gisela aceitou publicar o livro no Brasil, com prefácio do Hermano. O Belisário queria filmar o livro, mas nunca conseguiu. Hoje os direitos estão com a Conspiração Filmes e a Globo. O Andrucha Wadington vai fazer um filme e uma minissérie a partir do livro.
PROGRAME-SE
:: O que: bate-papo com o escritor angolano José Eduardo Agualusa
:: Quando: sábado, às 18h
:: Onde: Auditório da Feira do Livro
:: Quanto: entrada gratuita