Mesmo em tempos de popularização das graphic novels, muitos ainda consideram as histórias em quadrinhos algo inferior, ou voltado ao público infantil. Para os escritores Marcos Kirst e Marco de Menezes, ambos ex-patronos da Feira do Livro de Caxias do Sul, no entanto, as HQs são coisa séria - tanto que serão o tema do primeiro encontro do projeto literário Máquina de Escrever, que ocorre nesta terça-feira, às 20h, na Do Arco da Velha Livraria e Café, no centro de Caxias.
- As HQs, que alguns preferem chamar de arte sequencial, têm uma riqueza artística importante, muitas vezes ignorada por preconceito - avalia Kirst.
Menezes concorda, e conclama o público caxiense a participar do debate, que tem entrada gratuita.
- As histórias em quadrinhos já foram muito marginalizadas, mas hoje são uma arte consolidada. A partir dos anos 1980, principalmente, surgiram muitas opções para os adultos - diz.
Sobre a proliferação de títulos clássicos da literatura vertidos para o formato dos quadrinhos, Kirst analisa que é mais uma prova da conscientização sobre o poder das HQs.
- E tem também o caminho inverso, de autores de HQ que acabaram transformando suas histórias em livros - lembra, citando como exemplo Sandman, de Neil Gaiman.
Literatura
HQs pautam debate nesta terça
Projeto Máquina de Escrever tem à frente os escritores Marcos Kirst e Marco de Menezes
Maristela Scheuer Deves
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