A família Mutterle, originária da província de Vicenza, chegou no Brasil no final do século passado e instalou-se em São Paulo, na região cafeeira, e no Rio Grande do Sul, na Colônia Caxias e Antônio Prado. Atualmente, seus descendentes estão presentes em diversas cidades do Brasil. Os irmãos Bortolo e Giácomo Mutterle, de Caldogno,Vicenza, na Itália, aportaram no Rio de Janeiro em 10 de dezembro de 1885 e receberam lotes de terra na Linha Guerra, em Antônio Prado, e no Travessão Martins e Felisberto da Silva, em Flores da Cunha. Os irmãos chegaram no Brasil com suas esposas e filhos pequenos.
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Bortolo Mutterle era casado com Maria Luigia Gonzio. O casal teve quatro filhos: Giovanna, cujo paradeiro é desconhecido, Giovanni Battista, que casou-se com Catarina Toscan e teve 11 filhos, Giustina, casada com Ângelo Bortolon e mãe de um filho, e Maria Luigia, que se casou com Valentino Tobim, ambos de paradeiro desconhecido.
Bortolo faleceu com 90 anos em 1930 e foi sepultado na Linha Guerra de Antônio Prado. A esposa, Maria Luigia Gonzo, faleceu com 56 anos, em 1900, e foi sepultada no Travessão Felisberto da Silva, em Flores da Cunha.
Giácomo era casado com Angela Perosa, com quem teve nove filhos (curiosamente, cinco deles se chamavam Giovanni Battista): Giovanni Battista, falecido em 1864 na Itália, Giuseppe, falecido em 1893 em Caxias do Sul, Giovanni Battista, que se casou com Irene Giordano e teve sete filhos, Giovanni Battista, falecido em 1878 na Itália, Giovanni Battista, falecido em 1874, aos quatro dias de vida, Anna, que se casou com Giuseppe Slongo e teve 12 filhos, Giovanni Battista, casado com Elisabetta Giulianotti, Giácomo e Ângelo, ambos de paradeiro desconhecido.
Os registros chamam a atenção da família até hoje pelo fatos de primos e irmãos compartilharem o mesmo nome: Giovanni Battista.
A história dos cimbros – povo germânico – que desceram da Bavária para a Itália ocupando e defendendo os territórios do país, inclui a família Mutterle. O sobrenome, de origem alemã, significa "mamãezinha" – MUTTER = mãe e LE = sufixo diminutivo especificamente austríaco.
O que alguns anos de pesquisa ainda não esclareceram é o fato de Mutterle e Motterle confundirem-se na escrita do sobrenome das pessoas da família desde a Itália até o Brasil, ou seja, a mesma pessoa tem registro paroquial Mutterle e civil Motterle.
Confraternização
Em 16 de setembro será realizado o 1º Encontro da Família Mutterle, em Otávio Rocha, distrito de Flores da Cunha. A programação começa com um café da manhã oferecido aos participantes no momento do credenciamento, às 8h. Logo depois será celebrada a Santa Missa, em homenagem aos imigrantes, com direito à foto oficial do evento na saída da Igreja Matriz. Ao meio-dia será servido o almoço de confraternização no Grêmio Esportivo. Os homenageados especiais são os descendentes dos irmãos Bortolo e Giácomo Mutterle.
A intenção dos organizadores é promover o reencontro desses familiares de modo que possam se conhecer e relembrar a existência de seus antecessores. Para informações sobre o evento e reservas, entrar em contato pelos telefones: (54) 3279-1160 e (54) 3279-1009.