O livro Aristides Bertuol – O Piloto da Carretera Nº 4, cujo lançamento ocorre nesta sexta em Bento Gonçalves não passeia apenas pela trajetória de Bertuol nas estradas. A origem da família, o primeiro emprego, a concessionária Chevrolet, o posto de combustíveis, a mecânica e várias outras nuances da vida pessoal e profissional também foram contempladas na pesquisa.
Filho de Giovanni Ermenegildo Bertuol e Otília Michelin, Aristides nasceu em 1916 e, desde os 13 anos, auxiliava o pai nas lidas da lavoura na Linha 40 da Graciema. Conforme os autores Fabiano Mazzotti e Gilberto Mejolaro, no final dos anos 1920, o pai Giovanni comprou um caminhão, a fim de comercializar na cidade o que produzia na colônia. Para estimular no filho o gosto pelo trabalho, começou a ceder-lhe o lugar de motorista. Assim, aos 13 anos, o garoto dirigia, pela primeira vez, nas estradas de chão de Bento Gonçalves.
Jovem com pinta de galã, Aristides também gostava de jogar futebol, tocar gaita e dançar nos bailes das redondezas. Porém, foi a proximidade com a família do vizinho Tranquilo e Irene Roveda que permitiu a ele conhecer a jovem Elmira Roveda, filha do casal. Após um namoro de sete anos, o casamento chegou em 6 de março de 1943. Ele tinha 27 anos, ela, 22.
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Biografia "Aristides Bertuol - O Piloto da Carretera Nº 4" tem lançamento nesta sexta, em Bento Gonçalves
Aristides Bertuol: no tempo das carreteras
Nas curvas do Autódromo de Tarumã em 1973
Primeiros tempos
A cerimônia ocorreu na Igreja São Francisco, em Monte Belo, e, para levar os convidados à celebração religiosa, Bertuol alugou um ônibus. Já a noiva chegou em um carro a gasogênio, dirigido pelo tio do noivo, senhor Luiz Moré.
Os recém-casados iniciaram a vida em uma moradia alugada, na Rua Saldanha Marinho. Depois, migraram para o Hotel Avenida, onde nasceram Aristides Bertuol Filho, em 1945, e Carlos Bertuol, em 1946.
A nova casa, construída em 1947, na Rua Barão do Rio Branco, recebeu o terceiro herdeiro, Paulo Bertuol, nascido em 1956. Já em 1959, o casal acolheu a menina Terezinha Maria Moro, filha de uma prima de Elmira, que passou a fazer parte da família ao lado dos três irmãos.