Natural de Porto Alegre, Paulo Oliveira Pereira, o Paulinho, foi uma personalidade muito importante na história do futebol caxiense. Ele mudou-se para Caxias do Sul em 1970, quando foi contratado para jogar no Grêmio Esportivo Flamengo (atual SER Caxias). Antes disso, o jogador iniciou sua carreira nos juvenis do Sport Club Internacional de Porto Alegre, juntamente com atletas como Bráulio e Claudiomiro. Após, foi cedido ao Cachoeira Futebol Clube, de Cachoeira do Sul, onde atuou de 1965 até 1969, sendo eleito o melhor 4º zagueiro da segunda divisão gaúcha. Em 1969 também passou pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, jogando como lateral-esquerdo.
De 1970 a 1976, ocupou a vaga de lateral-esquerdo do Grêmio Esportivo Flamengo. Durante esse tempo, o time passou a chamar-se Associação Caxias (resultado de uma fusão entre Flamengo e Juventude) e, posteriormente, em 1976, SER. Caxias – denominação que leva até hoje. Além dele, apenas Segatto e Bagatini atuaram nos três clubes.
A trajetória de Paulinho como jogador de futebol encerrou no Esporte Clube Internacional de Lajes, onde disputou o Campeonato Catarinense de 1976. No ano seguinte, o ex-jogador deu início à carreira de treinador dos juniores da SER Caxias. Paulinho foi o primeiro técnico de Tite, hoje comandante da Seleção Brasileira. Nesta função também passou por times como o Esporte Clube Juventude, Esportivo de Bento Gonçalves, Novo Hamburgo e Aimoré, além da Seleção Gaúcha de Juniores.
Já no profissional, Paulinho esteve à frente de equipes gaúchas como SER Caxias, São Paulo de Rio Grande, São Luiz de Ijuí, Pratense e Brasil de Farroupilha. O treinador também comandou times de estados como Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Após largar a profissão de técnico, Paulinho fundou a escolinha Paulo Oliveira. O time de base era conveniado ao Grêmio e encaminhava meninos para testes em Porto Alegre.
Paulinho faleceu em Caxias do Sul no último dia sete de outubro, aos 72 anos. O ex-jogador deixou a esposa Liege, os filhos Tatiane e Paulo André e os netos Taiane e Cauê, além de cinco irmãos e 10 sobrinhos.
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Atleta exemplar
Em 1973, Paulinho Patê, como era conhecido no meio futebolístico, recebeu o prêmio Belfort Duarte no programa Flávio Cavalcanti. O reconhecimento era destinado aos jogadores de futebol que atingissem ao menos duzentos jogos oficiais sem sofrer expulsões.