Karol Conka tem conquistado cada vez mais espaços – tipo a capa da revista Glamour de março – como representante oficial da “geração tombamento”. Pudera, a cantora curitibana ataca em muitas frentes quando o assunto é a liberdade e a defesa dos direitos das mulheres. Na entrevista que concedeu à revista, Karol fala de sexo (ainda repercutindo o sucesso de Lalá, sobre sexo oral), maconha, maternidade, representatividade negra e, claro, feminismo. A cantora comenta sobre como o histórico de violência doméstica em sua família – o avô espancava a avó e o pai era um alcóolatra violento – forjou nela uma forte veia contestadora.
– Sempre vi os homens como frágeis. Não tem uma história de um homem incrível na minha família. (...) Meu radicalismo vem daí. Sei de histórias terríveis do meu pai chegar bêbado e obrigar minha mãe a transar. Mais tarde, expliquei a ela que isso já era estupro, mesmo dentro da relação – conta.