Era para ser uma edição comemorativa, mas a dificuldade em angariar recursos ao projeto quase fez com que o festival CineSerra fosse cancelado justamente no seu quinto ano de realização. Com praticamente a metade da verba prevista no planejamento captada, o festival não só foi realizado como ainda cresceu – houve incremento no número de inscritos, no número de selecionados, no número de cidades participantes e no número de categorias premiadas. Motivos suficientes para a sensação de dever cumprido que tomou conta dos organizadores Cláudio Troian e Leandro Daros, durante a premiação realizada no sábado à noite, no Teatro do Sesc.
– No início do ano, quando nos reunimos para pensar o projeto dessa edição, pensávamos que ao chegar ao quinto ano teríamos mais facilidade para levantar recursos, buscar apoiadores em outros meios, enfim, aumentar nossa condição de investimento e alcance do festival. No entanto, com o passar dos meses a realidade foi se impondo e quase chegamos ao ponto de desistir. Naquele momento nós tivemos que apostar, sem nenhuma garantia, que de alguma maneira nós conseguiríamos realiza-lo. E assim foi – relatou Daros, em seu discurso.
A premiação continua dividindo as produções entre dois certames: o regional e o estadual. Entre os trabalhos locais, o principal vencedor foi o excelente Kátharsis (dirigido por Mirela Kruel, radicada em Porto Alegre, porém com equipe toda de Caxias), que levou melhor filme, melhor direção e melhor atriz (Fernanda Petit).
O festival foi realizado com financiamento da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) de Caxias do Sul e com apoio das empresas Bitcom, Metadados Assessoria e Sistemas e Randon.
Veja abaixo os premiados.
Regional
Melhor ficção: Kátharsis, de Mirela Kruel
Melhor direção: Mirela Kruel, por Kátharsis
Melhor roteiro: Cristiana Livotto e Giovani Zaffari, por Latíbulo
Melhor fotografia: Lucas Cunha, por Passos
Melhor direção de arte: Paulo Macedo, por Cadê o Circo
Melhor edição: Giovani Zaffari, por Latíbulo
Melhor desenho de som: Giovani Zaffari, por Latíbulo
Melhor trilha sonora: Cristian Beltrán, Paulo Macedo, Janio Nunes, SONA – O som das Ideias, por Cadê o Circo
Melhor ator: Gabriel Ditelles, por Review
Melhor atriz: Fernanda Petit, por Kátharsis
Menção honrosa ficção: Noites de Distância, de Vinícius Guerra
Videoclipes: 1º lugar para Ecocide (Caórdica, dirigido por Letícia Assis), 2º lugar para Aço-Pessoa” (CCOMA, dirigido por Roberto Scopel e Luciano Balen), e 3º lugar para Quando uma Canção te Escolhe (Nenê Flores, dirigido por Letícia Assis). Menção honrosa para Litorânea (Yangos, de Natália Biazus).
Estadual
Melhor ficção: Ruby, de Luciano Scherer, Guilherme Soster, Jorge Loureiro
Melhor documentário: Sena, Os Fios em Prosa, de Marcelo da Rosa Costa e Cacá Sena
Melhor direção: Pedro Bughay, por Exílio
Melhor roteiro: Maurício Canterle e Thiago Brasil, por Espelho Hexagonal
Melhor fotografia: Felipe Rosa, por Espelho Hexagonal
Melhor direção de arte: Luciano Scherer, Guilherme Soster, Jorge Loureiro, por Ruby
Melhor edição: Vitor Liesenfeld, por Mãe dos Monstros
Melhor desenho de som: Leandro Schirmer, por Espelho Hexagonal
Melhor trilha sonora: Rafuagi, por Manifesto Porongos
Melhor ator: João Carlos Castanha, por Inatingível
Melhor atriz: Duda Meneghetti, por Escape
Menção honrosa ficção: Invisível, de Filipe Ferreira
Menção honrosa documentário: Cores de Bissau, de Maurício Canterle
Videoclipe: 1º lugar para Clínica (Polares, dirigido por Deivis Horbach), 2º Lugar para Pineal (Tagore, dirigido por Fabrício Koltermann), 3º Lugar para Inner Riots (Swansea, dirigido por Rafael Duarte e Gabriel Faccini). Menção honrosa para Could You Please (Akeem, dirigido por Anderson Pizarro Dorneles)
Prêmio do Júri, concedido pela Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS)
Melhor documentário: Manifesto Porongos
Melhor ficção: Sobre Águas Claras e Inocentes
Melhor videoclipe: Caordica - Ecocide