Chega aos cinemas nesta quinta-feira a aguardada cinebiografia Elis. O longa foi apresentado à imprensa em Porto Alegre, com participação do diretor estreante em longas Hugo Prata, da protagonista Andreia Horta (vencedora do kikito de melhor atriz pelo trabalho no último Festival de Gramado) e do gaúcho Júlio Andrade, que vive o amigo íntimo da cantora e ícone dos teatros brasileiros Lennie Dale. Separamos algumas declarações do trio sobre o filme _ quarta-feira, você confere a matéria completa.
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Júlio Andrade: "(o filme) foi um presente. Tem uma coisa que vai além, para mim, que é a amizade que tenho Andreia (Horta). A gente já falou sobre Elis e Gonzaguinha muito anos atrás, antes de eu fazer Gonzaguinha... na pizzaria Guanabara, no Rio de Janeiro, eu cantando Gonzaguinha, o dia amanhecendo, a gente ali brindando aquele encontro e ela falando de Elis também, da vontade que ela tinha. Aí os anos se passam e a gente se reencontra nesse filme maravilhoso e fazendo dois parceiros. Elis e Lennie eram muito amigos, para mim foi muito emocionante viver na ficção e na vida real esse encontro."
Hugo Prata: "Eu tenho em casa, no meu iTunes, 315 músicas da Elis. No filme, ela canta 12. É muito pouco, são todas incríveis, uma melhor que a outra. Então, tivemos que usar o critério das canções que levassem nossa história para frente. Não podia simplesmente entrar e cantar porque a música era legal, tudo que ela fez era legal. Foi um trabalho bem difícil, ouvia muito considerando às vezes a letra, às vezes a harmonia, às vezes o andamento, então teve músicas que ficaram no roteiro por muito tempo e na hora final eu via que o andamento não ajudava. Por exemplo, ela ia cantar As Curvas da Estrada de Santos, mas aí na hora eu ouvi o Cinema Olímpia e tinha um andamento muito mais rigoroso para aquele momento do filme. Tentei trabalhar e colocar as músicas a serviço do roteiro."
Andreia Horta: "ela (Elis) era um exemplo, uma força mesmo. Então, ela toda me fascina, a maneira como ela conduziu a carreira dela, como foi fiel às posições dela. A todas as coisas que ela disse não, às coisas que ela disse sim. Até o temperamento dela que, sobretudo, me fascina demais. Porque é um temperamento reluzente, brilhante, que vai para frente, que não mente, não articula, é limpo, é reto. Eu acho isso lindo e dá muito menos trabalho também, embora não pareça."