O Ministério da Saúde foi rápido para responder ao governador Eduardo Leite que não tem como alterar o Plano Nacional de Imunização para antecipar a vacinação aos professores e servidores de escolas. Em reunião nesta quarta-feira com a bancada do PT, Leite informou que recebeu ofício do Ministério da Saúde com a resposta. A deputada Sofia Cavedon recebeu uma cópia do ofício.
Na terça-feira, Palácio Piratini e Assembleia se uniram para pleitear junto ao governo federal a vacinação antecipada para professores e servidores de escola dentro do Plano Nacional de Imunização. Um ofício chegou a ser assinado pelo governador ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
A resposta do Ministério da Saúde ao governador, na verdade, traduz o veto do presidente Jair Bolsonaro, assinado ainda na terça-feira – enquanto governo e Assembleia faziam a reunião online – a trecho da Medida Provisória (MP) 1003/20, a chamada MP das Vacinas. O texto vetado previa, em seu artigo 7º, a inclusão de professores e outros profissionais da área da educação nos grupos prioritários da imunização contra o coronavírus.
A resposta e o veto do presidente são frustrantes. Professores e servidores de escola ficam expostos na linha de frente. Além disso, a vacinação das categorias é que vai garantir segurança para a retomada das aulas presenciais, atualmente suspensas no Estado por determinação da Justiça.
Atualmente, a vacinação de professores e servidores de escola está prevista para a quarta fase da campanha de vacinação, somente em maio.
A resposta frustra também o objeto de moção a ser votada nesta quinta-feira pela Câmara de Caxias, em apoio à antecipação da imunização para as duas categorias. Mesmo assim, é importante, por somar forças e posicionar-se a favor de um pleito justo e necessário.