O ambiente escolar tornou-se usual para Pedro Guerra à medida que o jovem escritor caxiense viu seu livro A Rainha Está Morta (2013) ser amplamente aceito por adolescentes e utilizado por professores em sala de aula. Foi nesse ambiente de contato com o público leitor que o autor de 23 anos recebeu as primeiras cobranças com relação à continuidade do trabalho. A gurizada queria saber quando o detetive Benjamin Lisboa e o inspetor Enrico Pagliatti iriam ganhar um novo caso para trabalhar. Pois a hora é agora, Queda Livre (Quatrilho Editorial, 104pgs., R$ 19,90) coloca a dupla novamente à frente de um homicídio cheio de mistérios. O livro será lançado neste sábado, às 15h30min, no Centro de Cultura Ordovás.
- Comecei a escrever o Queda ainda em 2013, mas quis dar um tempo e lancei um romance adolescente (Precisava de Você, de 2015), para sair um pouco da coisa do policial, mas nas escolas o pessoal me cobrava se o detetive não retornaria - comenta Pedro.
Queda Livre dá continuidade a uma série batizada pelo escritor de Caxienses. A ideia foi inaugurada com A Rainha Está Morta, que já vendeu quatro mil exemplares, e coloca os personagens em cenários conhecidos dos moradores de Caxias. Se o primeiro livro inseria um crime no universo das soberanas da Festa da Uva, agora Pedro Guerra "mata" uma cantora num dos edifícios mais tradicionais da cidade, o Parque do Sol.
- Muitos adolescentes gostam de ler romances policiais, mas às vezes sentem dificuldade de se identificar. Trazer a história para Caxias acaba facilitando o leitor a entrar mais na história - diz o escritor.
O novo livro se passa em 1999, um ano depois de A Rainha Está Morta, e parte da morte trágica da cantora Eva Garbon. Ela é arremessada misteriosamente do 15º andar do Parque do Sol. Os capítulos são decrescentes - 15, 14, 13... - fazendo relação aos andares do prédio durante a queda da personagem. No posfácio da publicação, Pedro conta suas experiências de pesquisa no Parque do Sol para a criação da história.
- Dei um jeito de entrar lá para conhecer o elevador, o hall de entrada. Também conheci o 15º andar, queria saber que vista a Eva teria de lá. Parece que a vida (no Parque do Sol) é meio eterna, o ar é diferente - conta ele.
Mistério
Pedro Guerra lança quarto livro neste sábado, em Caxias
"Queda Livre" narra a história de um homicídio no Parque do Sol
Siliane Vieira
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